Como advogada especialista em Direito Educacional, venho lhes trazer uma notícia fresquinha, que saiu lá do Conselho Nacional de Educação sobre a decisão que considerou como constitucional a data de corte de 31/03 para ingresso na educação infantil, aos 4 anos e 6 anos para o ensino fundamental.
Pais de SP saibam que : NADA MUDOU, ATÉ O PRESENTE MOMENTO.
A data de corte aqui no Estado de SP, ainda é a de 30/06.
Os alunos que nasceram depois de 30/06 e se sentirem prejudicados em seu direito de seguir a escolaridade ou que forem obrigados a ser retidos de série podem procurar o Judiciário para tentar realizar a matrícula fora da data de corte, uma vez comprovada a aptidão, capacidade e maturidade do aluno para cursar a série pretendida. Ainda tenho conseguido resultados muito bons e positivos sobre esta questão.
Se alguma escola daqui do Estado de SP e do RJ, ou de outros Estados que utilizem a data de corte diferente da de 31/03, utilizar, neste momento, o critério de classificação escolar como sendo 31/03, os pais também podem discutir, judicialmente, pois ele ainda não está valendo para estes Estados.
Parecer
em análise no Conselho Nacional de Educação determina a adoção da chamada
data-corte de 31 de março só para nova matrícula
Extraído do site do Jornal : O Estado de S.Paulo
Renata Cafardo, 13 Setembro 2018 | 03h00
SÃO PAULO - Um parecer do Conselho Nacional de
Educação (CNE), apresentado nesta quarta-feira, 12, determina que só as
crianças que vão entrar na escola em 2019 sigam a nova norma para corte etário.
Quem já está matriculado, no ensino
infantil ou fundamental, não seria afetado. Em agosto, o Supremo Tribunal
Federal (STF) decidiu que os alunos só poderiam entrar no 1.º ano com 6 anos
completos até 31 de março.
Com a indefinição de como deveriam proceder,
muitas escolas passaram a tomar decisões por conta própria. A confusão
aconteceu principalmente em São Paulo, onde as redes particular e pública
aceitam estudantes nascidos até 30 de junho. Como a organização da educação
infantil é feita respeitando esse corte, a nova norma atinge todas as crianças
com menos de 6 anos.
A publicitária Maria Cecília Buffardi, de 35
anos, foi avisada que a filha Helena, de 1 ano, não passaria para o ano letivo
seguinte com o grupo. Isso porque ela faz aniversário em junho. “A escola até
disse que eu poderia aceitar ou não, mas fiquei sem saber o que fazer, tenho
medo que minha filha vá retroagir”, conta. A produtora cultural Flavia Barion,
de 41 anos, cogita mudar as filhas de escola, caso elas sejam retidas. “O
problema não é repetir o ano, mas ver os outros amigos indo para a frente e ela
não.” Olivia, de 4 anos, e Sofia, de 6, também nasceram depois da data de corte
nova - e antes da antiga.
Temos
recebido várias manifestações. É preciso
deixar claro que a criança tem o direito à continuidade do percurso educacional
e que não pode ser separada do seu grupo de referência”, diz o conselheiro
Cesar Callegari. Segundo ele, só em
casos excepcionais, em que há avaliação de problemas de desenvolvimento,
pode haver a retenção da criança. “Não pode ser por uma conveniência
administrativa ou da família.” O documento deve passar por votação hoje no CNE,
mas, segundo o Estado apurou, há consenso no órgão em aprová-lo.
Depois
disso, o parecer precisará ser
homologado pelo Ministério da Educação (MEC). O CNE ainda avalia pendências
judiciais para garantir a nova norma. Há uma sentença de um juiz do Pará que
pede que se exclua a nova data de corte. A intenção da decisão do STF e do
conselho é a de uniformizar a regra, já que há determinações diferentes pelo
País. Muitos Estados já seguem a data de 31 de março, mas outros determinam 31
de dezembro como limite. Além de São Paulo, Minas também usa junho como corte.
Colégios
estaduais vão matricular com limite antigo
O
governo informou que vai matricular normalmente as crianças nas escolas
estaduais usando o corte antigo, de junho, até que haja definição do CNE e do
Conselho Estadual de Educação (CEE).
A Associação Brasileira de Escolas
Particulares (Abepar) também fará o mesmo. Depois de
aprovado o parecer, o CEE precisa emitir uma norma para São Paulo, já que a
atual prevê o corte em junho. Segundo a presidente, Bernadete Gatti, essa
discussão deve ocorrer nas próximas semanas. O órgão está com oito membros a
menos há dois meses, por mandato vencido, e espera que o governador Márcio
França faça nomeações.
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