Fonte : http://ndonline.com.br/florianopolis/plural/171666-aos-16-anos-barbara-jordao-mostra-super-habilidades-na-arte-dos-origamis.html
Aos
16 anos, Bárbara Jordão mostra super habilidades na arte dos origamis
Edinara
Kley
FLORIANÓPOLIS |
Transformar papel em objetos em 3D
é a atividade artística que mais agrada Bárbara Cristina de Oliveira Jordão.
Aos 16 anos, a garota diagnosticada com altas habilidades/superdotação
encontrou na arte oriental dos origamis a maneira mais agradável de canalizar
sua energia criativa. Tamanha foi sua interação com as dobraduras que a aluna
da terceira fase do curso de Edificações do IFSC (Instituto Federal de Santa
Catarina) também foi convidada a ministrar cursos sobre o tema na instituição.
Para não
perde nenhuma ideia, Bárbara carrega papéis para onde vai
Chamado de
“Vida em dobras”, o projeto é uma pequena mostra de como a arte pode interferir
positivamente na vida de estudantes comuns ou com o mesmo diagnóstico de
superdotação. Das primeiras dobras aprendidas em 2012 no NAAH/S (Núcleo de
Atividades de Altas Habilidades/Superdotação de Santa Catarina) até agora, ela
perdeu a conta de quantos modelos fez. E conta que, quanto mais cria, mas sente
a necessidade de inventar novos objetos, animais e plantas.
Para não
perder nenhuma ideia, anda com papéis nos bolsos. Na falta de coloridos,
explica que qualquer material pode ser usado, de guardanapos de papel a sacas
de cimento. Basta ser quadrado. “Às vezes eu estou andando ou no ônibus e sinto
vontade de fazer, aí vem uma criança e pergunta o que eu estou fazendo, eu
termino e entrego a ela. Ou se vejo alguém triste, faço uma flor e entrego”,
narra a adolescente.
Ensinar o
ofício milenar dos orientais para pessoas que cultivam o mesmo interesse também
é uma forma de aliviar o estresse da menina aficionada em números. “Ajuda
quando fico estressada, me distraio porque gosto de tentar coisas novas, sempre
tem uma dobra nova que você pode aprender ou inventar”, comenta. Além de servir
ao saber artístico, pesquisas indicam que fazer origami melhora a concentração,
a precisão, o raciocínio lógico e a sensibilidade. “Depois que comecei a
dobrar, desenvolvi um toque mais leve e apurei minha coordenação motora”,
completa Bárbara.
A facilidade
da jovem em fazer dragões, gatos, flores, casas, móbiles e outros objetos de
papel surpreende. Rosas são suas criações preferidas e levam, em média, 10
minutos para ficar prontas, mas ela já demorou duas horas para terminar um
rato. Fazer, apenas, não contentava a garota, que criou seu próprio projeto de
ensino e uma história para ensinar origamis a crianças com necessidades
especiais matriculadas em outros núcleos da Fundação Catarinense de Educação
Especial. “Uma pedagoga assistiu a apresentação e me convidou para fazer a
oficina, aceitei e percebi que eu gostava de ensinar”, comenta. As oficinas
recebem alunos e pessoas da comunidade maiores de 10 anos.
O risco da
discriminação
“O aluno com
altas habilidades é um sujeito único com algumas questões diferentes,
individuais”, pontua a pedagoga Liliam Barcelos, do NAAH/S, único núcleo do
Estado a oferecer oficinas de artes plásticas, cerâmica, mecatrônica,
matemática e produção textual a superdotados.
As atividades
servem de complemento às aprendidas na escola e são importantes para que o
aluno consiga utilizar todo seu potencial criativo nas disciplinas. Mas, para
chegar até lá, há um longo caminho a ser percorrido, especialmente pelos órgãos
educacionais que ainda não têm mecanismos eficientes para perceber as aptidões
dos alunos.
De acordo com
as leis de educação, o aluno com altas habilidades tem direito a atenção
especial dentro e fora de sala de aula, só que há uma falha no reconhecimento
destas características. Bárbara Cristina Jordão, por exemplo, foi “descoberta”
em um olímpiada de matemática em 2012, quando recebeu menção honrosa. “Os
educadores percebem pouco porque há um mito que o aluno com altas habilidades é
acima da média em tudo, o que não é verdade. Enquanto isso não é descoberto
eles chegam a ser discriminados na escola”, observa Liliam.
A pedagoga
destaca que, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), de 3% a 5% da
população mundial tem algum tipo de altas habilidades. “O último censo
habitacional identificou 59 pessoas em todo Estado de Santa Catarina, mas só
aqui no NAAH/S atendemos 40. Essa conta não fecha”, alerta.
Clique, neste
link, aqui para assistir a a participação de Bárbara no programa Ver Mais, da
RICTV Record :
MEUS COMENTÁRIOS :
Bárbara, você é uma graça !!! Continue
humilde e fofa como tu já és !!!!
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