segunda-feira, 28 de maio de 2012

Sobre a Palestra que ministrei hoje sobre a Judicialização das Relações Escolares




Muito feliz ! Hoje, eu a Professora Sonia Aranha, e a colega e também advogada, Dra. Maria Carvalho, proferimos palestra no I Encontro sobre a Judicialização das Relações Escolares para cerca de 50 profissionais de escolas, todos interessados no fenômeno de como o Judiciário tem intervindo nas relações escolares.




Na minha palestra falei sobre os Mandados de Segurança, o que são, quais os direitos violados em caso de mandado de segurança de idade / série, entre outras coisas e ... aproveitei um pouquinho o espaço e a oportunidade, para falar da superdotação (não dava para perder esta oportunidade.. he he) e sobre as dificuldades que temos para regularizar, aqui em SP, a aceleração de série e como estou conseguindo resolver esta questão na Justiça e como o Judiciário tem recebido estas ações de maneira favorável. Fui muito bem recebida pelas escolas, que se interessaram bastante sobre o tema exposto.










 
Tempos modernos. Tempo de democracia e de acesso à informação.



Tempo de fazer o bom senso e o direito prevalecerem sobre as ordens sem fundamento jurídico impostas pelos Conselhos de Educação, Secretaria da Educação e Diretorias de Ensino ! 



É o direito prevalecendo sobre a ditadura.





11 comentários:

  1. Sou pai de aluno com superdotação atendido na Sala de Recursos de Altas Habilidades aqui no GDF e já vi vários estudiosos e pegagogos da área desaconselharem a aceleração, pois gera outros problemas por tirar a criança/adolescente do convívio normal com outros colegas da mesma idade. A criança fica sempre como um estranho no meio dos outros, pois tem o corpo diferente, está sentindo coisas em relação ao físico que os outros já passaram e naturalmente fica mais isolado. Academicamente ele pode acompanhar a turma sem problemas, mas perde o convívio de amizade, não pratica esportes como poderia e normalmente entra em uma situação de cobrança desnecessária. Assisti um documentário sobre o programa de aceleração no EUA e no final um dos meninos que estava terminando a faculdade com 18 anos falou ao reporter quando perguntou o que ele achou de ter participado do programa: "Ah... a sociedade só ganhou um trabalhador 5 anos mais cedo. Se eu voltasse no tempo gostaria de ter tido amigos na escola". Achei bem triste.

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  2. Sou pai de aluno com superdotação atendido na Sala de Recursos de Altas Habilidades aqui no GDF e já vi vários estudiosos e pegagogos da área desaconselharem a aceleração, pois gera outros problemas por tirar a criança/adolescente do convívio normal com outros colegas da mesma idade. A criança fica sempre como um estranho no meio dos outros, pois tem o corpo diferente, está sentindo coisas em relação ao físico que os outros já passaram e naturalmente fica mais isolado. Academicamente ele pode acompanhar a turma sem problemas, mas perde o convívio de amizade, não pratica esportes como poderia e normalmente entra em uma situação de cobrança desnecessária. Assisti um documentário sobre o programa de aceleração no EUA e no final um dos meninos que estava terminando a faculdade com 18 anos falou ao reporter quando perguntou o que ele achou de ter participado do programa: "Ah... a sociedade só ganhou um trabalhador 5 anos mais cedo. Se eu voltasse no tempo gostaria de ter tido amigos na escola". Achei bem triste.

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  3. Olá, Flávio.

    Entendo as suas considerações, porém, a aceleração de série, no Brasil é amplamente amparada por seus grandes especialistas, assim como fora do Brasil também.

    Aqui no Brasil, as renomadas especialistas Zenita Guenther (MG), Christina Cupertino (SP), a nossa Presidente do CONBRASD, Cristina Delou (RJ), Maria Clara Sodré (RJ), Renata Maia-Pinto (DF), Maria Lúcia Sabatella (PR), entre outras de igual prestígio, são favoráveis à aceleração de série, desde que bem conduzidas pela escola e recomendada seja pela escola, ou pelo seu avaliador.

    Pode até ser que, no caso de seu filho, a aceleração de série tenha sido não aconselhada, pois, de fato, esta proposta pedagógica não é indicada para todo tipo de aluno superdotado e alguns, realmente, irão encontrar o seu atendimento tão somente com a sala de recursos dos NAAH´s, como é o seu caso. Fico feliz em saber que o seu filho está sendo bem atendido pelo NAAH´s de Brasília.

    Porém, estudos científicos e comprovados, liderados pela nossa pesquisadora Renata Maia-Pinto, que inclusive, foi quem implantou os NAAH´s, aqui no Brasil, quando ela trabalhou no MEC, indicam que as crianças cuja aceleração de série foi indicada por especialistas ou pelas escolas, mais se beneficiam do que se prejudicam com ela.

    Eu mesma sou testemunha dos grandes benefícios que as acelerações de séries dos meus filhos (a mais velha, hoje com 11 anos, acelerada há cinco anos e o mais novo com 8 anos, acelerado há quase três anos). São crianças felizes, motivadas e muito entrosadas socialmente. Ao contrário do exemplo que você citou, meus filhos não ficam de canto em lugar algum e sempre são convidados e convidam os amigos para brincar ou se divertir.

    Eles não têm dificuldade, absolutamente, nenhuma em esportes ou em outras questões motoras.

    Não concordo com a sua afirmação de que a criança sempre fica como um estranho. Estranho, meus filhos estavam, quando não se encaixavam na turma anterior, antes de serem acelerados. Eles tinham interesses diferentes de seus pares e pensavam á frente deles. Na turma de criança um ano mais velha do que eles (nem todos são mais velhos um ano. Alguns são poucos meses mais velhos do que eles, pois, lembre-se que a turma não é homogênea...) eles se encontraram, pois sentem mais afinidade com os assuntos e com aquilo que estão aprendendo.

    Minha filha, por exemplo, já está na puberdade, enquanto que algumas amiguinhas de sua turma, um ano mais velhas do que elas, ainda não estão...

    Meus filhos não perderam o convívio das amizades. Ganharam mais amigos, com a nova série e conservaram os anteriores.

    Gostaria que você se inteirasse dos livros e pesquisas científicas, ao invés de se ater aos depoimentos jornalísticos...

    Para um bom começo, indico-lhe a referência mais respeitada do mundo - dois volumes - já traduzida em sete línguas (inclusive em espanhol o Volume 1 - ) da obra de Colangelo, N., Assouline, S. e Gross, M. (2004) “Uma Nação Enganada: Como a América reprime seus estudantes mais brilhantes”, Volumes 1 e 2, para se inteirar mais profundamente acerca dos benefícios da aceleração de série. Por favor, consulte se as pessoas que vc mencionou que são contra a aceleração de série conhecem o Dr. Colangelo (que, por sinal irá dar palestra no Congresso Brasileiro de Superdotação, a ser realizado entre 24 a 27 de Julho, no Rio de Janeiro), e se ouviram falar no assunto da aceleração de série fora da tv.

    Se puder, programe-se para comparecer ao Congresso de Superdotação que acabei de mencionar, aonde eu, Dra. Renata Maia Pinto e Dra. Tania Guimarães (as duas são profissionais conceituadas também de Brasília, caso queira entrar em contato com elas, para tirar as dúvidas sobre a aceleração de série, eu lhe indico os contatos, ok ?) discorreremos sobre as vantagens da aceleração de série, amparadas pelo estudo aprofundado que a Dra. Renata Maia-Pinto fez, com dados quantitativos e qualitativos sobre o assunto em questão.

    Abraços,

    Claudia Hakim

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  4. Marta Martinez Ferrinho disse : " Claudia Hakim,não consegui escrever no blog ,então escrevo aqui ,caso queira transcrever meu texto para o blog ,fique a vontade.Meu filho como já expliquei não é acelerado por basicamente 2 motivos o primeiro é por ser de setembro quase sempre é o mais novo da sala de aula e por ser infantil e se dar bem com as crianças de sua faixa etária, por estudar estudar em uma escola que naturalmente estimula talentos com cursos de artes e robótica além de um laboratório aberto pra todos que querem aprender além do currículo,acho desnecessária a aceleraçao no caso dele;mas sou super a favor da aceleraçao embasada em necessidades e não apenas pelo STATUS que uma aceleraçao gera na criança e principalmente aos pais.Por isso o respaldo de especialistas real e comprovadamente estudiosos e formados na área da superdotaçao que ,precisam avaliar minuciosamente a necessidade de aceleraçao,pois na minha modesta opinião a parte pedagógica nesta situaçao é a que menos importa o que realmente importa é o quanto de felicidade, realizaçao satisfaçao isto trará pra vida da criança" .

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  5. quero retomar aqui uma ideia que pode nortear um pouco a resolução desse difícil dilema que é a aceleração. a superdotação hoje é definida como uma assincronia no desenvolvimento da criança, ou seja, os diferentes aspectos se desenvolvem em ritmos diferentes. o cognitivo pode estar à frente e os demais dentro da "normalidade", ou o motor pode ser o que assume relevância, e assim por diante. por ser uma assincronia, sempre estamos frente ao dilema de que aspecto atender. o emocional, que está de acordo com a idade, ou o cognitivo? sempre haverá uma defasagem. e, pior, isso pode mudar ao longo do tempo, ou seja, o aspecto que precisava de atenção num momento pode não ser mais o que causa conflito, e temos que pensar novos arranjos. ou seja, a criança superdotada vai exigir atenção constante. não é porque foi acelerada (ou porque não foi acelerada) que está tudo resolvido. e não há uma regra fixa, depende de cada caso e de cada momento da vida da crianca e da família.

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  6. uma outra consideração: temos aqui no brasil uma cultura que, ao contrário do que seria de se esperar, valoriza o emocional sobre o cognitivo. daí a aflição quando se pensa em acelerar. pensamos que a criança será prejudicada emocionalmente. pode até ser que seja, mas temos que escolher o causa mais sofrimento. e, muitas vezes, viver uma vida escolar sem desafios é pior que ter problemas com o grupo de colegas. para resolver os conflitos sociais e emocionais temos várias possibilidades como terapia, grupos de atividades específicas (como esportes, artes) fora da escola. duro é ter que ficar por quatro ou cinco horas todo dia, que é o tempo da jornada escolar, vivendo abaixo do seu potencial.

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  7. Eu acho que cada crianca deva ser avaliada nos dois aspectos, intelectual e emocional, e o conjunto das informacoes eh o que deve prevalecer. Eu fui acelerada a 35 anos atras, com 5 anos de idade. Fui avaliada por profissionais de varias areas na epoca e a conclusao foi pela aceleracao. Sempre fui uma crianca "normal". Em toda a minha historia escolar esse fato nunca teve destaque. Nunca me achei "genia". Nunca tive qualquer problema social. Acho que a maioria das criancas nunca soube que eu era um ano mais jovem. Era uma aluna absolutamente normal, com notas boas/medianas.
    Acho que naquela fase do meu processo de aprendizagem a aceleracao era o mais indicado pois eu estava mais adiantada do que as outras criancas da minha serie. Nao teve nenhuma consequencia.

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  8. Transcrevo o que a membra do grupo do facebook, M. B comentou : " Cláudia, concordo com tudo que você falou. A aceleração no caso do meu filho foi a melhor coisa que aconteceu na vida dele. Hoje ele é motivado, alegre, participa das atividades normais da sua escola,e ele sempre tem estudado em escola Pública Federal, passou por concurso e tudo mais. Mérito somente dele. E graças também a coordenadora pedagógica que viu nele um potencial. Essas crianças são especiais e precisam de uma atenção especial sem dúvida alguma.

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  9. Flávio,

    Acredito que a maioria dessses profissionais fala sem experiência, pois a acelaração é sempre por meio drástico que ocorre...
    Tenho dois filhos Superdotados e te digo que no caso do mais velho a aceleração não foi aconselhada, porque ele estava resistindo e a psicóloga não encontrou indícios dessa necessidade. O meu fiilho mais novo será avaliado no m~es que vem e eu vejo bem diferente do mais velho. No caso dele, eu acredito que a aceleração seja indicada, pois as coisas estão ficando sem interesses a ele. As pessoas que precisam ser aceleradas e não são, sente exatamente tudo que os estudiosos dizem ods que são: se sentem deslocadas por pensarem diferente, são crianças deslocadas porque pensam diferente, agem diferente, aprendem diferente. A questão não se resume no aluno do documentário que vc assistiu e disse que a sociedade ganhou um trabalhador mais cedo... oras! Esse garoto não avaliado num todo, não é porque o aluno é superdotado que tem de ser acelerado. Existe muito mais que a simples questão do aprendizado fácil, leve-se em consideração todos os aspéctos emocionais, cognitivos, acadêmicos.... O fato dele se sentir só por não ter mais amigos com certeza deve ter sido por conta da arrogância, da votade de isolar-se e pior: pelo fato de não querer ser acelerado, também! Não é porque o pai quer que seja que será. A criança também tem de querer, gostar daquilo, do desafio. De nada adianta uma aceleração em que a criança não aceite a proposta, isso é relevantemente nocivo. A aceleração vem exatamente para suprir uma necessidade lógica e emocional aliada ao temperamento do ser em questão. Criança não é bicho de estimação, nem objeto de demostração; logo a aceleração vem justamente para suprir e adequar a criança ao meio social que a cabeça gira, não simplesmente para brindar a inteligência. Pra isso a mãe dá video-game, jogos, brinquedos educativos, passeios... A aceleração é uma coisa muito séria e muito bem estudada pra simplesmente ficar nisso, de que a criança vai perder algum ano da vida dela, porque não se resume assim. O mais engraçado é que no interior e antigamente, quando uma criança apresentava traços de bom apredizado na alfabetização simplesmente aceleravam e pronto. Não havia toda essa falácia, toda essa filosofia demagógica que hoje existe. Se de fato importassem os aspectos psicologicos e humanos de uma criança, teriamos uma educação de qualidade e não esse lixo oferecido por muitas escolas, sejam públicas e até mesmo privadas. O que falta na realidade é um pingo de lucidez das pessoas que educam nos dias de hoje, pois agora se faz uma aceleração forçada nas crianças.... Tem criança na primeira série com 6 anos que é obrigada a ler e escrever e está muito difícil isso. Simplesmente impuseram uma lei de corte que vai dizer quando a criança deve ou não ler e escrever. isso sim é lesivo! Há crianças que antes de completarem um ano já sabem ler. Assim como há crianças que com 14 anos não sabem. E aí que vem o problema: o governo se preocupa tanto com essas que não conseguem ler, que ao invés de descobrir a raiz do problema, promovem a aprovação automática. isso pode, né??? Aí te digo, isso é falácia, demagogia pura; preguiça, porque ninguém quer melhorar nada e sim não ter problemas; trabalho. Criança que pergunta demais, que pula, corre, se diverte, questiona vira criança com deficit de atenção e hiperatividade porque foge do comum, justamente porque ninguém quer ter trabalho com nada! Outra coisa hiper, mega ultra importante: NÃO BASTA ACELERAR SE A CRIANÇA NÃO QUISER ou se não existe indícios para aceleração. Existem muitos erros nesse caminho e infelzimente tem hora que caminhamos para trás e algumas vezes damos uns pacinhos pra frente...

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  10. Vanessa Roseno disse : " A aceleração quando indicada, pois como colocou bem a Claudia Hakim, "...de fato, esta proposta pedagógica não é indicada para todo tipo de aluno superdotado...", mas quando indicada surte resultado positivo na vida da criança, contudo, há formas de aplicação prática no processo da aceleração.

    A criança não deve ser jogada na outra sala de aula como um objeto, há cuidados a serem tomados, e quando realizada adequadamente a aceleração é maravilhosa.

    Minha filha mais velha tem 9 anos de idade e cursa o 6º ano, ela tem relacionamento social, faz atividades extras curriculares, adora pular corda e andar de bicicleta, se reúne com amigas nos fins de semana na nossa casa e na casa das colegas, vive como qualquer outra pessoa.

    Mesmo discordando, entendo a posição desse pai. Quando minha filha recebeu indicação de aceleração através de instituto muito competente, levei um susto e fui pedir outras opiniões. Não sou especialista no assunto. Normal nós pais termos dúvidas.

    Qual minha surpresa, quando em determinada universidade encontrei uma professora especializada em superdotados dizer que acelerar uma criança seria o mesmo que abrir um vespeiro...e qual a minha surpresa maior quando em resposta foi dito: "então se uma criança estiver com o pé quebrado é melhor ignorar e deixar que ela se adapte com tal condição? Isso é para evitar que se tenha trabalho com fisioterapeuta, medicação e outros tratamentos?".

    Alguns profissionais infelizmente preferem fugir da aceleração pois é "cômodo" para as pessoas ao entorno do superdotado e ao invés de colocarem estratégias de solução para a situação, trazem informações distorcidas e inseguras para nós pais, que por natureza já temos cuidados com nossos filhos.

    Então sugiro a esse pai que leia os livros que a Claudia Hakim indicou e procure mais informações e conhecimento de experiências de sucesso e faça comparações e analise e não fique com a certeza insegura que estes pedagogos lhe passaram.

    Claudia Hakim, se quiser, faz a gentileza de colocar este comentário no tem blog pois não consigo publicar nele. Obrigada, bjs."

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  11. Flávio. A Dra. Renata Maia -Pinto o convidou a assistir à defesa de tese dela que apresentará os benefícios da aceleração de série aos alunos superdotados, com apresentação de dados quantitativos e qualitativos, no dia 05/06, terça-feira, às 8:30, no auditório da reitoria da Unb, aí em Brasília.

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