sexta-feira, 2 de maio de 2025

O papel da genética


 


A superdotação tem uma forte influência genética, mas não é exclusivamente hereditária. Estudos indicam que fatores genéticos contribuem significativamente para a inteligência e habilidades cognitivas avançadas, mas o ambiente também desempenha um papel essencial no desenvolvimento do potencial de uma pessoa (Passos, Carolina Sertã e Barbosa e Altemir José Gonçalves, Psico-USF 16 (3) • Dez 2011 •https://doi.org/10.1590/S1413-82712011000300008).

 

Artigos científicos estimam que a genética pode ser responsável por cerca de 55% a 80% da variação individual na inteligência, sendo ela influenciada por uma série de fatores, dentre eles o ambiente, educação, alimentação, experiências de vida e oportunidades, o que significa que a predisposição para altas habilidades pode ser transmitida de pais para filhos (Haworth et al., 2010, Plomin et al., 2019; Lubinski, 2016; Rimfeld et al., 2018).

 

Alguns pesquisadores acreditam que a superdotação pode ser explicada por uma combinação de fatores genéticos e ambientais, enquanto outros acreditam que a genética desempenha um papel ainda mais importante na superdotação do que na inteligência média.

 

Então, como podemos explicar esse paradoxo?

 

Primeiro, é preciso entender que a genética e o ambiente não atuam de maneira isolada. Pelo contrário, eles se influenciam reciprocamente.

 

A genética influencia o ambiente e o ambiente reforça positivamente essa predisposição genética, favorecendo que aquela pessoa desenvolva plenamente seu potencial genético.

 

Algumas das peças-chave para decifrar esse enigma são dadas pelos estudos realizados com gêmeos. Quando olhamos ao nosso redor, vemos que as pessoas variam em uma série de características. Fazendo comparações entre gêmeos, os cientistas podem calcular quanto determinada característica varia de uma pessoa para outra por influência da genética e do ambiente.

 

Um estudo com onze mil pares de gêmeos (Haworth et al., 2010) mostrou um achado intrigante. A influência da genética e a do ambiente varia nos diferentes estágios da vida. Chamamos “percentual da variância explicada” o quanto a variação de determinada característica entre as pessoas é explicada pela genética, pelo ambiente compartilhado (características e experiências vividas por ambos os gêmeos) e pelo ambiente não compartilhado (características e vivências individuais de cada um dos gêmeos).

 

Cientistas descobriram que a influência da genética aumenta ao longo da vida, enquanto a influência do ambiente diminui. Isso vai de encontro à nossa expectativa de que a genética tenha mais influência no começo da vida e que, à medida que as pessoas vão tendo experiências diferentes, a influência do ambiente aumente conforme a idade (Hakim, Claudia, Rzezak, Patricia e Halpern-Chalom, Marina, "Como lidar com as Altas Habilidades/Superdotação, Editora Hogrefe, 2024, SP).

 

Entre crianças, 41% da diferença nos níveis de inteligência foi explicada por fatores genéticos.

 

Na adolescência e entre adultos jovens, a influência da genética aumentou para 54% e 68%, respectivamente.

 

Fatores epigenéticos: Mesmo que exista uma base genética, a expressão dos genes pode ser modulada por fatores ambientais, como estímulos intelectuais, acesso à educação de qualidade e experiências enriquecedoras.

 

Ou seja, a superdotação pode ter uma base genética herdada, mas o desenvolvimento desse potencial depende de fatores ambientais e educacionais.

 

Quer saber mais sobre o papel da genética no desenvolvimento das altas habilidades/superdotação? Leia o nosso livro: “Como lidar com as Altas Habilidades/Superdotação”, Editora Hogrefe, 2024 (Rzezak, Hakim e Halpern-Chalom).

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📲 @claudia_hakim



Claudia Hakim

OAB/SP 130.783

Advogada Especialista em Direito Educacional (USP)

Pós-Graduada e especialista em Neurociências e Psicologia Aplicada

Sócia Fundadora do Instituto Brasileiro de Superdotação e Dupla Excepcionalidade

**Contato: **claudiahakim@uol.com.br

Insta: @‌claudia_hakim

YouTube: Claudia Hakim  - Superdotação e Direito Educacional

Autora dos livros:

  • Como lidar com as Altas Habilidades/Superdotação, Editora Hogrefe

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Claudia Hakim, Patricia Rzezak, Marina Halpern-Chalom

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