Seminário trata do transtorno de déficit de atenção com hiperatividade
Extraído do site :
Pórtico de entrada da
Câmara Municipal. Fachada.
(Foto: Ederson
Nunes/CMPA)
Na última sexta-feira
(28/9) a Câmara Municipal de Porto Alegre recebeu o evento “I Seminário de
Conscientização do TDAH 2018” trazido pela Escola do Legislativo Julieta
Battistioli (ELJB) e organizado pelo Instituto Elo e pelo projeto TDAH nas
Escolas. O Seminário contou com o apoio da Procuradoria Especial da Mulher e do
Programa de Transtornos de Déficit de Atenção/Hiperatividade. O evento foi
proferido no auditório Ana Terra.
O Transtorno de Déficit
de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico de causas
genéticas, que geralmente surge na infância e acompanha o indivíduo pela sua
vida. Reconhecido oficialmente pela OMS (Organização Mundial da Saúde), o TDAH
se caracteriza por diversos sintomas sociais, como desatenção, impulsividade,
fala constante, dificuldade com prazos, e procrastinação. Estes sintomas
atrapalham a vida estudantil e trazem consequências indesejadas para os alunos
portadores, como desânimo, autocrítica exagerada e até mesmo a repetência,
quando não identificada e manejada pela escola.
O Seminário de
Conscientização foi dividido em dois temas: Educação e TDAH pela manhã, e Saúde
e TDAH pela tarde. O vereador Mendes Ribeiro (MDB) deu início ao bloco matutino
salientando a importância do assunto no meio educacional, visto que afeta
muitos alunos que ainda não dispõem de apoio adequado. Neste bloco, foram
trazidas informações quanto ao diagnóstico do TDAH em âmbito escolar por
profissionais qualificados, e sua importância para a qualidade de ensino dos
portadores.
Palestraram Maria Regina
Araújo, presidente do instituto ELO, Marizur Konig, representante das mães de
crianças com TDAH e mãe de adolescente que inspirou a lei estadual 15.212), o
enfermeiro Ricardo Haesbaert, Maria Cristina Fagundes da Silva, diretora da
Escola Estadual Professor Sarmento Leite, Analucia dos Santos, orientadora da
Escola Estadual Professor Sarmento Leite, Cláudia Amaral, representante da
SMED, e Claudia Hakim, especialista em Neurociência e Psicologia Aplicada,
advogada especialista em Direito Educacional.
Os palestrantes trouxeram ao
público informações da rotina escolar perante o TDAH, as dificuldades e os
sucessos no auxílio dos estudantes e críticas construtivas à legislação
estadual, como a aplicação gradual e não imediata das medidas didáticas e pela
falta de clareza no quesito punição, aos que não obedecerem tal lei.
O bloco Saúde e TDAH
A segunda parte do
Seminário teve início com a palestra de Gabriela Guida de Freitas,
gerente-executiva da ONG Criança Segura – Safe Kids, que fez uma breve fala
sobre a importância da prevenção de acidentes na infância. Em seguida, foi lida
uma carta encaminhada por Joaquim Molina, representante da OMS no Brasil, sobre
a I Semana de Conscientização do TDAH em Porto Alegre. Após a leitura, os
participantes puderam assistir a um vídeo realizado pela Unesco para o evento,
onde o coordenador de Ciências Humanas e Sociais da Instituição, Fábio Eon,
fala sobre a importância da cultura de paz.
Dando continuidade as
palestras, o biolóloco, químico e toxicologista Edward Andrew Darnel, fez um
panorama sobre o TDAH nos Estados Unidos, Canadá e CADDRA. Logo após a apresentação
do panorama, Léo Stark, membro do Comitê de Terapia Cognitiva Comportamental da
Sociedade de Psicologia do Rio Grande do Sul falou um pouco sobre algumas
estratégias que podem auxiliar os portadores de TDAH, como, por exemplo, invés
de buscar se programar para estudar o dia inteiro para estar livre à noite,
buscar compartimentar o tempo em períodos menores e com mais intervalos.
Em seguida, foi a vez da
palestra de Gledis Lisiane Motta, chefe do Serviço de Psiquiatria do Hospital
Materno Infantil Presidente Vargas, que participou do Seminário como
representante da Secretaria Municipal de Saúde. No encerramento, a presidente
da Associação Brasileira de Psicopedagogia, Olívia Teixeira, ministrou a
palestra “Déficit de Atenção ou Desatendido?”.
Texto: Victor Leffa
(estagiário de jornalismo)
Ana Carolina Pinheiro
(estagiária de jornalismo)
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