Propostas pedagógicas para atendimento das crianças superdotadas, sob a ótica da Apostila "Um olhar para as Altas Habilidades" - Construindo caminhos, (que vocês podem acessar, gratuitamente através do site : http://www.christinacupertino.com.br/arquivos/Altas_habilidades.pdf e que foi organizada para a Secretária da Educação em 2.008, pela Dra. Christina Cupertino, que é a coordenadora do Núcleo Paulista de Atenção à Superdotação (NPAS) do qual eu sou assessora jurídica.
Encaminhamentos propostos :
Aconselhamento quanto à parte clínica : busca de apoio neurológico, psicológico,
psiquiátrico, etc.
Pedagógico : proporcionar e garantir trabalhos voltados à área da
linguagem e comunicação dentro do Programa Escola da Família ; garantir
diferentes leituras e gêneros textuais ; busca de parceiros no campo
tecnológico e artístico.
Os elementos para elaboração desse tipo de
enriquecimento são :
1. o que ensinar e por
quê;
2. quando e onde podem ser obtidos esses
ensinamentos ;
3. quem ensina e como ;
4. o quê, como e quando avaliar.
e ele pode se dar em duas modalidades:
1.
Ampliação vertical : restrita a uma área específica, atinge apenas uma
disciplina, que tem seu conteúdo ampliado e aprofundado, para atender
principalmente a pessoa com um talento específico.
2.
Ampliação horizontal : envolve várias disciplinas integradas em um projeto
.
Há outras maneiras de atender às necessidades das
pessoas Com altas habilidades ?
Existem outras formas de proporcionar uma educação
diferenciada aos alunos com altas habilidades :
Tutorias específicas : designação de alguém encarregado de auxiliar o aluno
em suas atividades de enriquecimento. Essas pessoas podem ser encontradas
dentro das instituições de ensino, como um professor que se sinta mobilizado
pelo interesse do aluno, por exemplo. Ou podem ser buscadas fora dela, em
parcerias com outras instituições ou com voluntários, por exemplo.
Monitorias : as monitorias funcionam com alunos de séries mais
adiantadas auxiliando os de séries inferiores, ou, dentro de uma mesma sala,
com alunos habilidosos preparando-se com antecedência sobre os conteúdos a
serem abordados, de modo que possam ajudar alunos com um ritmo não tão rápido.
As monitorias têm como vantagem o funcionamento de mão dupla : um aluno pode se
beneficiar do auxílio de um monitor, ou da motivação e do aprofundamento do
conhecimento quando o monitor é ele mesmo. O cuidado que se tem que tomar
com elas é para que o aluno mais capaz não se transforme num auxiliar de
classe, perdendo ele mesmo as oportunidades para seu próprio desenvolvimento.
Temos que cuidar para que esse tipo de atividade seja mesmo estimulante, para
que não se torne uma obrigação, tomando do aluno um tempo livre que ele poderia
usar em outras coisas que fossem mais do seu agrado.
Existe a possibilidade de enriquecer todo o contexto
onde acontece a aprendizagem. Algumas sugestões (Pérez, Rodríguez e Fernández,
1998) podem ser :
Um bom exemplo dessas duas modalidades, bem como de
outras interessantes alternativas de atenção às altas habilidades, pode ser
encontrado em Guenther, Z.
Desenvolvendo Capacidades e Talentos – Um conceito de
inclusão, rio de janeiro: vozes, 2000. ou Guenther, Z. Desenvolvendo Talentos – Guia básico para trabalho a partir da
escola regular. lavras-mG: Faepe-UFla, 2000
Mais
possibilidades de flexibilização, segundo Freeman e Guenther (2000) :
Cursos
especiais fora da escola – que oferecem mais conhecimento em áreas curriculares
específicas.
Mentoria – trabalhar com um mentor, especialista de uma certa
área de interesse da criança, na escola ou fora dela.
Cursos paralelos – por correspondência, televisionados
ou outra forma de ensino a distância.
NÍVEL I. Programa para todos os alunos :
Incluir, no currículo regular, programas de ensino do
pensamento, raciocínio abstrato, pensamento produtivo e crítico.
Promover projetos independentes, individuais e em
pequenos grupos.
Atividades de pensamento inventivo.
Atividades de exploração (investigação em diferentes
áreas do conhecimento).
Enriquecimento em novas áreas (artísticas, sociais, de
autoconhecimento).
Acomodar-se ou ter em conta os estilos de aprendizagem
dos alunos.
Organizar atividades baseadas nos interesses dos
estudantes.
Promover atividades de diversas formas de expressão.
NÍVEL II.
Programa específico por Ciclos educativos.
Resolver problemas reais.
Resolver problemas do futuro.
Leitura e comentário de livros clássicos.
Escrita de novelas, contos, poesias.
Oficina de invenções.
Oficina de informática.
Programas e concursos de ciências, letras, artes
visuais e plásticas.
Participar de periódicos e revistas literárias.
NÍVEL III.
Programa para incluir no programa de classe
Aulas de música, interpretação ou artes visuais.
Colóquios com especialistas.
Estudos aprofundados sobre temas específicos.
Estudo de problemas sociais.
Simulação de experiências e comprovação de teorias.
NÍVEL IV : Programas individualizados. Serviços
específicos.
Adaptações curriculares.
Aceleração múltipla por meio de programas de mentores.
Aceleração e/ou participação em estudos universitários
superiores.
Apresentação de trabalhos, desenhos ou investigações a
grupos externos.
Publicação de trabalhos em órgãos externos.
Desenvolvimento e direção de projetos de investigação.
Participação em programas extracurriculares.
Participação em cursos de verão.
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