Antigamente, o DSM IV classificava os tipos de autismo em diferentes classes, de acordo com determinados critérios estabelecidos neste manual de Psiquiatria. Pelo DSM IV, há diferença entre a Síndrome de asperger e os outros tipos de autismo previstos no DSM IV, principalmente em relação ao autismo de alto funcionamento. Num comentário abaixo, farei a distinção entre a Síndrome de Asperger (que não é mais assim chamada pelo novo DSM V) e o antigo autismo de alto funcionamento (que tb não é mais usado pelos critérios e denominações estabelecidos pelo DSM V, que vigora hoje em dia). Hoje em dia, tanto a Síndrome de Asperger quanto o Autismo de Alto Funcionamento pertencem ao TEA, normalmente são considerados em nível de suporte 1.
O blog traz artigos e informações por uma advogada Especialista em Direito Educacional, Pós-Graduada em Neurociência, Psicologia Aplicada. É palestrante, professora e autora de livros e artigos sobre estes temas. Sócia Fundadora do Instituto 2e. Autora dos Livros: Superdotação e Dupla Excepcionalidade. Ed. Juruá. Como lidar com as Altas Habilidades/Superdotação. Ed. Hogrefe. E-book: Formas de Atendimento e a legislação aplicável aos alunos com Superdotação e a Dupla Excepcionalidade". Eduzz
Superdotação, Asperger (TEA) e Dupla Excepcionalidade por Claudia Hakim
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sexta-feira, 11 de novembro de 2022
DSM V, DSM IV, CID 10, CID 11. Autismo. Síndromes de Asperger e Autismo de alto funcionamento.
Também pela Classificação Internacional de Doenças chamado CID 11 esta nomenclatura da Síndrome de Asperger e do AAF não serão mais usados. Porém, muitos médicos ainda não se adequaram ao CID 11 e ainda utilizam os códigos do CID 10, em que a Síndrome de Asperger ainda é chamada como tal. Mas, o CID 11 já está em vigor desde 2.022.
Logo a denominação Síndrome de Asperger cairá em desuso.
Na CID-11, todos os transtornos que fazem parte do espectro do autismo, como o autismo infantil, a Síndrome de Asperger, o transtorno desintegrativo da infância e o transtorno com hipercinesia, por exemplo, foram reunidos em um único diagnóstico: o TEA (Transtorno do Espectro do Autismo), prescrito pelo código 6A02.
Sendo assim, as subcategorias são relacionadas a algum prejuízo da linguagem funcional ou deficiência intelectual. Segundo a OMS, a intenção por trás dessa alteração é a de facilitar o diagnóstico, evitar erros e simplificar a codificação, promovendo melhor acesso aos serviços de saúde. Confira:
6A02 – Transtorno do Espectro do Autismo (TEA):
6A02.0 – Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual (DI) e com comprometimento leve ou ausente da linguagem funcional;
6A02.1 – Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual (DI) e com comprometimento leve ou ausente da linguagem funcional;
6A02.2 – Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual (DI) e com linguagem funcional prejudicada;
6A02.3 – Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual (DI) e com linguagem funcional prejudicada;
6A02.4 – Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual (DI) e com ausência de linguagem funcional;
6A02.5 – Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual (DI) e com ausência de linguagem funcional;
6A02.Y – Outro Transtorno do Espectro do Autismo especificado;
6A02.Z – Transtorno do Espectro do Autismo, não especificado.6A02
– Transtorno do Espectro do Autismo (TEA):
6A02.0 – Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual (DI) e com comprometimento leve ou ausente da linguagem funcional;
6A02.1 – Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual (DI) e com comprometimento leve ou ausente da linguagem funcional;
6A02.2 – Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual (DI) e com linguagem funcional prejudicada;
6A02.3 – Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual (DI) e com linguagem funcional prejudicada;
6A02.4 – Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual (DI) e com ausência de linguagem funcional;
6A02.5 – Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual (DI) e com ausência de linguagem funcional;
6A02.Y – Outro Transtorno do Espectro do Autismo especificado;
6A02.Z – Transtorno do Espectro do Autismo, não especificado.
O DSM V usa outros critérios de diagnóstico para o TEA e os subdivide em níveis de suporte 1, 2 e 3.
Níveis de gravidade do autismo
Nível 1 — Leve
As pessoas com nível leve de autismo, em relação à interação e comunicação social, apresentam prejuízos mas não necessitam de tanto suporte. Têm dificuldade nas interações sociais, respostas atípicas e pouco interesse em se relacionar com o outro.
Em relação ao comportamento, apresentam dificuldade para trocar de atividade, independência limitada para autocuidado, organização e planejamento.
Nível 2 — Moderado
As pessoas com nível moderado de autismo, em relação à interação e comunicação social, necessitam de suporte substancial, apresentando déficits na conversação e dificuldades nas interações sociais, as quais, muitas vezes, precisam ser mediadas.
Em relação ao comportamento podem apresentar dificuldade em mudar de ambientes, desviar o foco ou a atenção, necessitando suporte em muitos momentos.
Nível 3 — Severo
As pessoas com nível severo de autismo, em relação à interação e comunicação social, necessitam de muito suporte, pois apresentam prejuízos graves nas interações sociais e pouca resposta a aberturas sociais.
Em relação ao comportamento, apresentam dificuldade extrema com mudanças e necessitam suporte muito substancial para realizar as tarefas do dia a dia, incluindo as de autocuidado e higiene pessoal.
Além desses fatores, outros critérios específicos para o diagnóstico de autismo são: prejuízo intelectual e de linguagem, condição médica ou genética, outras desordens do neurodesenvolvimento ou transtornos relacionados.
Diferença entre a antiga Síndrome de Asperger e o Autismo de Alto Funcionamento (previstos no DSM IV):
Tem diferença na fala (Asperger fala no tempo certo, enquanto no autismo de alto funcionamento a fala é tardia) e no teste de QI, os Aspergeres costumam apresentar QI verbal 20% a mais do que o QI executivo e no autismo de alto funcionamento o QI executivo é cerca de 20% superior em relação ao verbal. Tb há diferença na fala (na versão do Wisc III ou na do Wais).
A pessoa afetada pela Síndrome de Asperger vivem em sua estrita forma de ser.
Entre as diferenças fundamentais estão, por parte da Síndrome de Asperger e o antigo Transtorno do Espectro do Autismo de Alto Funcionamento sem Asperger estão o QI total normal ou superior, o QI Verbal mais alto, sem atraso na fala e no uso do pronome “Eu”, fala preciosa e até “erudita”, dá a impressão de ser um “adulto no corpo de uma criança” e/ou de superdotação intelectual, interesses extracurriculares específicos e transitórios, performance escolar desarmônica, pais com quadro similar, busca para diagnóstico com psiquiatra a partir dos 6 anos.
Tanto Asperger quanto Autismo de alto funcionamento fazem parte do transtorno do espectro autista, pelo DSM V.
Os superdotados intelectualmente, sem TEA (Transtorno do Espectro do Autismo), não apresentam prejuízos sociais, em si, mas BAIXA TOLERANCIA À LIMITAÇÃO GLOBAL DAS PESSOAS “COMUNS”. Possuem uma verdadeira erudição e conseguem generalizar os conhecimentos, utilizando-os para seus interesses, que não são restritos. Não há prejuízo na prosódia e entendem precisamente os conceitos das palavras e termos que usam, o que os diferencia da hiperlexia clássica. Essa entidade deve ser considerada como Diagnóstico Diferencial para suspeita de Síndrome de Asperger.
Estes trechos foram extraídos do livro “Fonte : Síndrome de Asperger e outros Transtornos do Espectro do Autismo de Alto Funcionamento : da avaliação ao tratamento”, Autor : Walter Camargos Jr. E colaboradores. Editora ArteSÁ, Belo Horizonte – 2013, que eu mais do que recomendo. O livro é muito bom e esclarecedor e contém muito mais informações, dicas de livros sobre a Síndrome de Asperger em meninas, orientações, esclarecimentos. Vale à pena comprá-lo !
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