Superdotação, Asperger (TEA) e Dupla Excepcionalidade por Claudia Hakim

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domingo, 17 de outubro de 2021

Tique. Síndrome de Tourrete e Estereotipia

Muitas pessoas com TEA apresentam a Síndrome de Tourrete, que é um distúrbio do sistema nervoso que envolve movimentos repetitivos ou sons indesejados e caracteriza-se por tiques motores ou vocais que ocorrem com frequência e intensidade variáveis.


Na maioria das vezes, os tiques são de tipos diferentes e variam no decorrer de uma semana ou de um mês para outro. Em geral, eles ocorrem em ondas, com frequência e intensidade variáveis, pioram com o estresse, são independentes dos problemas emocionais e podem estar associados a sintomas obsessivo-compulsivos (TOC), ao distúrbio de atenção com hiperatividade (TDAH) e a transtornos de aprendizagem. 


O tratamento pode ajudar, mas essa doença não tem cura.


Estudos clínicos têm demonstrado a utilidade de uma forma de terapia comportamental cognitiva, conhecida como tratamento de reversão de hábitos.


Medicamentos antipsicóticos têm se mostrado úteis na redução da intensidade dos tiques, quando sua repetição se reverte em prejuízo para a autoestima e aceitação social.


Distúrbio crônico: pode durar anos ou a vida inteira.


Mas também pode acontecer de o que você considera como sendo tiques ser estereotipias.


Existem remédios para aliviar os tiques da Síndrome de Tourrete. 


Não adie a consulta ao médico se notar que seu filho apresenta alguma forma de movimentos involuntários.


Especialmente nas fases iniciais da vida, os portadores precisam de tratamento, e não de repreensão.


O tratamento precoce é fundamental para obter melhores resultados e permitir uma vida escolar normal.


Conscientizar pais e pessoas que convivem com a criança sobre o fato de que os tiques são involuntários é um grande passo para melhorar o cotidiano do paciente.


Já a estereotipia é uma maneira encontrada pelos autistas para se auto regularem quando estão ansiosos, preocupados ou excitados. 


As estereotipias variam em como se manifestam. São repetições e rituais que podem ser linguísticos, motores e até de postura. 


Geralmente são comportamentos sem explicações racionais, sem motivo aparente. Porém, a pessoa com autismo sente a necessidade de expressar para conseguir lidar com uma situação.


Algumas das estereotipias mais comuns são:

mexer rapidamente os braços;

estalar os dedos;

 repetir sons ou palavras;

girar ou balançar o corpo;

entre outros comportamentos que possam destoar das pessoas ao redor.


Um dos problemas mais comuns que crianças com autismo enfrentam é que acabam chamando a atenção de outras crianças ou sendo alvo de brincadeiras, o que acaba tornando o ambiente ainda mais desconfortável.


Outra questão, principalmente em idade escolar, é que esses pacientes em geral têm dificuldade de estar no ambiente que causa o gatilho sem ter que recorrer a estereotipias. 


Muitas vezes, ao estarem focados nesse alívio por meio de repetições, os jovens perdem convívio social e aprendizado.


Muitos profissionais entendem que as estereotipias não devem ser tratadas, pois ajudam a pessoa com TEA a se auto regular. Mas, isso depende também do quanto as estereotipias trazem prejuízo ao autista. Daí, a medicação também ajuda.


Para auxiliar as crianças que não conseguem evitar as estereotipias, é importante identificar quais são as causas da ansiedade que elas precisam aliviar. Isso porque sabendo quais são os gatilhos, ou seja, que fatores aumentam o estresse da criança, eles podem ser trabalhados com as ferramentas adequadas.


Pode ser a psicoterapia, o uso de medicamentos ou trabalho com linguagem, ou até um conjunto. Ou seja, o tratamento ideal para cada paciente vai depender de profissionais de saúde certos, como pediatras, neurologistas, psicólogos e fonoaudiólogos, entre outros.


Estes profissionais podem identificar os padrões de comportamento em torno de gatilhos e trabalhar para que, de forma controlada, a criança se sinta menos sobrecarregada nestas situações e as estereotipias sejam menos necessárias e recorrentes.


De toda forma, caso você eseja percebendo que o seu filho apresente muitos tiques ou estereotipias, procure um neuropediatra especialista em TEA, para realizar o diagnóstico e conduzir o tratamento e lhe dar as devidas orientações.


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