Especialista português diz que é precisa mais investigação, mas admite que entre os esquerdinos há muitos sobredotados.
13 agosto 20107 comentários
Um estudo publicado na revista Neuropsychology sugere que os canhotos
pensam mais rápido do que os destros, mas especialistas portugueses apontam que
faltam mais estudos que comprovem essa teoria, apesar de haver a percepção de
que muitos sobredotados são esquerdinos.
O estudo, publicado na revista Neuropsychology, da Associação Americana
de Psicologia, indica que os canhotos são mais rápidos no processamento de
múltiplos estímulos cerebrais do que os destros. O neuropsicólogo e membro do
Instituto da Inteligência Nelson Lima explicou que essa teoria pode ser
verdadeira, mas sublinhou que "varia de caso para caso porque cada pessoa
tem uma estrutura cerebral e um funcionamento muito particular".
"De facto há estudos que apontam para
a hipótese de que os esquerdinos tenham uma rapidez de raciocínio em
determinadas áreas, especificamente no raciocínio lógico matemático e também na
inteligência verbal e na inteligência espacial, mas isto carece de novos
estudos que venham a confirmar", disse Nélson Lima. O especialista
acrescentou que o raciocínio lógico matemático é o que comanda a racionalidade,
o pensamento objectivo, o planeamento ou a rapidez de resposta nas actividades
que exijam menos envolvimento emocional e a inteli- gência espacial a capacidade
para nos orientarmos no espaço que nos rodeia.
"Aparecem muitos esquerdinos com
essas habilidades mais desenvolvidas do que pessoas com igual nível de
inteligência, mas que não são esquerdinos", revelou. Nélson Lima apontou
igualmente que em faixas etárias mais baixas, ou seja, nas crianças, há muitos
esquerdinos que são sobredotados.
"Não quer dizer que haja mais
esquerdinos sobredotados do que destros, mas o que acontece é que dentro dos
esquerdinos há um elevado número de crianças sobredotadas e este simples facto
dá que pensar", defendeu
Nélson Lima, acrescentando não haver dados estatísticos concretos.
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