sábado, 5 de novembro de 2011

"Avessos aos testes de QI, especialistas recorrem a outro arsenal para examinar a inteligência, como check-list, auto-avaliação, observação"





Ser uma criança superdotada não significa que ela será uma expert em Matemática ou Física. Há o exemplo dos 'savants', indivíduos que apresentam superdotação em habilidades como arte, música e dança


Extraído do site : http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/50/artigo164356-3.asp


Por Roberta de Medeiros


A partir da década de 70, o alarde feito em torno da possível existência do gene da superdotação se disseminou perigosamente. Obcecado por conceitos de eugenia, o milionário Robert Graham criou o banco de sêmen, cujos doadores eram cientistas brilhantes, ganhadores do Nobel. Ele queria que a reprodução das pessoas consideradas "burras" desse lugar à reprodução maciça daquelas que teriam um talento superior. Foi assim que vendeu às mães inférteis e de boa condição social o sonho de gerar uma criança brilhante. Para sua frustração, não houve nenhum gênio entre os 240 bebês produzidos até 1999, quando a clínica fechou as portas.


Os seres humanos, inclusive os superdotados, têm cerca de 100 bilhões de neurônios, equivalente ao número de estrelas existentes em toda a Via Láctea. Cada célula nervosa se liga a milhares de outras em mais de 100 trilhões de conexões. Portanto, a diferença não estaria no número de neurônios, mas na existência de um maior número de conexões entre eles.



Essa trama precisa e delicada seria responsável por alguns traços que os superdotados possuem, pois graças a ela o homem raciocina, lembra e aprende. Segundo Bárbara Clark, professora da Universidade da Califórnia, o cérebro de um superdotado tem conexões neurais mais integradas, mais rapidamente realizadas e mais complexas. Os neurônios possuem mais receptores de estímulos (dendritos) para criar os caminhos, as células gliais crescem e há o revestimento de mielina dos axônios (a mielina é uma substância que rodeia algumas fibras nervosas, fazendo com que tenham uma condução de impulsos nervosos mais rápida).



Esse processo promove a velocidade e a qualidade da transmissão de uma célula para outra. "Desta maneira, as crianças superdotadas tornam-se biologicamente diferentes dos demais, não no nascimento, mas em consequência do uso e do desenvolvimento dessa estrutura maravilhosa e complexa com que nasceram. No nascimento, quase todos somos programados para ser fenomenais", diz a pesquisadora.



Outros estudos mostram que as pessoas com alta pontuação nos testes de inteligência parecem usar mais efificientemente a glicose nas áreas cerebrais específicas para a tarefa quando estão envolvidos com algum exercício cognitivo. Um estudo feito pelo neurologista Richard Haier, da Universidade da Califórnia, sugeriu que o cérebro de pessoas mais capazes além de ser mais econômico no consumo de glicose, com menor gasto de energia, também é mais eficiente, respondendo prontamente às tarefas. Mas para manter a mente sempre afiada o cérebro precisa de desafios. E isso vale para qualquer pessoa.



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Um comentário:

  1. Veja a matéria sobre JOSÉ ANTÔNIO DIAS TOFFOLI, O MAIS JOVEM MINISTRO DO STF DOS ÚLTIMOS 20 ANOS:
    http://pt.wikipedia.org/wiki/José_Antônio_Toffoli
    Agradeço pela compreensão!

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