sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Como educar crianças superdotadas através do estudo em casa



A idéia de fazer “homeschooling” (educação em casa) é ótima e seria a ideal para as crianças superdotadas, porque consegue trabalhar e estimular tanto as habilidades, quanto as deficiências da criança. Mas, tem duas coisas que me incomodam muito neste tipo de opção de estudo, que são : a falta de convívio com outras crianças, de forma a possibilitar o desenvolvimento social e emocional da criança (e sabemos que esta questão nas crianças superdotadas tem que ser dobrada de atenção) e o fato de que saber se a pessoa que estará dando as aulas é, de fato, um bom profissional, com experiência, etc.


Nos Estados Unidos é comum este tipo de ensino. Eu não conheço ninguém que, aqui no Brasil, faça o “home schooling”.


De toda forma, eu negritei em preto e em vermelho as partes deste texto que eu achei importante.


http://www.comofazertudo.com.br/educa%C3%A7%C3%A3o/como-educar-crian%C3%A7-superdotadas-atrav%C3%A9s-do-estudo-em-casa


Crianças superdotadas enfrentam desafios especiais na escola que o aluno médio não enfrenta. Um traço comum entre as crianças que têm um aprendizado acelerado é o tédio quando a tarefa escolar não é desafiadora o suficiente.


Tédio pode causar muitos problemas que podem refletir negativamente na criança. É comum que os filhos entediados se recusem a fazer trabalhos que crêem ser sub-padrão para os seus níveis de inteligência. Isso pode levar a notas ruins, rotulação da criança (ou seja, pouco inteligente, preguiçosa, de difícil aprendizagem), problemas comportamentais, e uma enorme quantidade de outras coisas desagradáveis que, outrora poderiam ter sido evitados.


Uma coisa boa sobre a escolaridade em casa é que você tem a possibilidade de conceber um currículo que é único para cada criança. A estrutura rígida exercida com as crianças pelas escolas públicas e privadas não é necessária.


É importante que se tenha certeza que sua criança esteja cumprindo os padrões em matéria de educação a cada ano. No entanto, como você faz isso depende só de você.


O artigo seguinte é um guia você pode seguir para educar um filho talentoso em casa.


• Conheça os pontos fortes e fracos do seu filho. Uma vez que você está tendo o papel de educador do seu filho, você precisa saber exatamente em que áreas ele é forte, e quais são as suas áreas problemáticas.


Você pode descobrir isto através de testes ou observação. O bom sobre testes é que você pode descobrir qual é o nível do seu filho em cada tema. No entanto, algumas crianças podem não estar dispostas a assumir o teste se elas sentem que é redundante ou entediante.


Neste caso, o melhor caminho a percorrer pode ser através da observação de seu filho quando ele faz trabalhos de cada disciplina. O problema é que você pode ter problemas em julgar com rigor quais são as áreas em que eles realmente não gostam porque estão entediados / é muito fácil, e que áreas que precisam melhorar.


• Não tenha medo de tentar coisas novas. Não basta estabelecer um estilo didático, um método, ou uma maneira de fazer com que o seu filho faça o seu trabalho escolar.

Há milhares de maneiras de ensinar uma criança. O objetivo é escolher o caminho certo para seu filho. Com um filho talentoso, isto pode significar que eles estejam fazendo projetos intensos de investigação que envolvam atividades manuais. A chave é fazer com que o trabalho seja educativo e divertido para eles, ao mesmo tempo.


Aqui estão alguns dos métodos pedagógicos que são projetados para um filho talentoso em mente:

•• Um dos melhores recursos que você vai ter é a Internet. Com alguma supervisão parental, o currículo de um filho talentoso pode tornar-se uma aventura digital. Através de sua aprendizagem, eles têm a habilidade de explorar todo o mundo. Em vez de ler sobre história, eles podem experimentar história visual através de passeios, uma infinidade de sites, e muita intensa leitura de material próprio para todo e qualquer nível.


•• Traga ciência à vida, deixando o seu Cientista Junior explorar ele mesmo. Se isso significa fazer viagens ao Museu da Ciência, o Planetário, ou deixá-lo construir suas próprias experiências científicas, a estrutura de fazer com as próprias mãos irá garantir que o seu filho fique ansioso para aprender.


•• Faça o currículo do seu filho incrivelmente orientado aos detalhes. Defina metas diárias, semanais, mensais e metas que o seu filho deseja atingir. Recompensá-los com o tempo de jogos educativos no computador quando eles conseguirem atingir seus objetivos. Algumas crianças superdotadas prosperam com prazos apertados e rigorosos horários e outras não. Então, tudo isso depende de seu filho e das suas necessidades.


Você deve ter em mente que nenhum método funcionará em todas as crianças. Cada criança é diferente. As suas necessidades são diferentes. Seus estilos de aprendizagem são diferentes. Enquanto você não encontrar exatamente o estilo que se encaixa no seu filho, você deve tentar métodos diferentes e estar aberto para o que cada um tem para oferecer.

• Combinar e misturar realmente pode e fazer a diferença. Um dos maiores equívocos que alguns pais cometem no momento em que começam a escolaridade em casa é que eles devem se manter fieis a um nível para a criança. Isto simplesmente não é verdade!


Este é um grande benefício para crianças superdotadas porque elas podem estar um pouco à frente em algumas áreas, no nível certo em outra área, e um pouco atrasadas na outra.


Se o seu filho está na quinta série, mas tem a leitura e compreensão de um ensino médio, então deixe-os aprender com material escolar do ensino médio. Você pode fazer isso para cada matéria que o seu filho estuda. Não só isso vai desafiar o seu filho, mas vai também reduzir o seu tédio em geral.

• Elogie-os quando eles terminarem suas tarefas. Se seu filho é teimoso, você pode precisar ter um pouco de pensamento criativo para fazê-lo ficar interessado na escola. Uma das razões, além de tédio, que as crianças não gostam quando eles estão fazendo trabalho escolar quando eles estão em um sistema escolar está na negatividade que pode ser colocada nos seus trabalhos.

Se elas não fazem exatamente como o seu professor quer que eles façam, eles recebem notas ruins, tratamento negativo, e punições negativas.


As crianças respondem bem melhor ao reforço positivo do que às conseqüências negativas como um todo. Se seu filho não está particularmente satisfeito com ter que aprender, então escutar que ele não está fazendo os seu dever de casa, porque ele é um aluno problemático ou não é inteligente o suficiente também não vai fazer com que eles queiram fazer o trabalho de casa. Na verdade, o negativismo pode fazer com que eles odeiem aprender completamente.


Você tem que colocar os aspectos positivos da aprendizagem novamente em sua escola em casa para a criança superdotada. Por exemplo:

•• Em vez de dizer ao seu filho que ele não pode ver os seus programas de televisão favoritos como um castigo por não fazer sua lição de casa, alicie-o a fazer o seu trabalho, dizendo que, como recompensa, ele pode assistir seu programa favorito, se chegar a uma meta do dever casa pelo tempo que vê televisão.


•• Deixe o seu filho fazer os trabalhos por razões positivas, e, uma vez que eles encontram esse reforço positivo e percebem como você está feliz por que ele está aprendendo, a escola pode não parecer tanto como um fardo para ele.


Nota: Dependendo do estado em que você vive você pode ser obrigado a manter registros, um portfólio, ou o seu filho pode ter que passar por testes a cada ano para garantir que ele reune os padrões estabelecidos pelo governo. Certifique-se de que sabe o que o seu estado exige antes de começar a ensinar um talentoso filho em casa.

7 comentários:

  1. Clau eu nem sabia que era possível esse ensino no Brasil. Aprendi mais uma. Mas como mencionado no texto, priva de um importante convívio. Tudo tem os dois lados: não dá pra ser perfeito. Então prefiro que seja o ensino na escola e que esta cumpra a lei e assessore pedagogicamente os superdotados. Beijos. Van

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  2. Van. Uma amiga minha me comentou hoje que, até onde ela sabia o "homeschooling" não era legal,aqui no Brasil, ainda..

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  3. Complementando este artigo, recebi agora esta noticia, que retrata a realidade legal e politica que o "homescholling" vem vivendo, para tentar ser legalizado, aqui no Brasil. Por enquanto, o ensino caseiro eh ilegal e não pode ser adotado, sob pena de prisao dos pais, por abandono intelectual dos menores, ate que uma lei o valide.

    rgente: pela legalização do homeschooling
    ESCRITO POR FELIPE ORTIZ | 23 SETEMBRO 2011
    ARTIGOS - EDUCAÇÃO

    Prezados,

    Tramitam na Câmara dos Deputados, desde 2008, os Projeto de Lei (PL) 3518/2008, de autoria dos Deputados Henrique Afonso (PT-AC) e Miguel Martini (PHS-MG), e 4122/2008, de autoria do Dep. Walter Brito Neto (PRB-PB). Esses projetos, que estão tramitando juntos, propõem a legalização explícita do ensino domiciliar ou homeschooling no Brasil.

    Eles começaram a sua tramitação pela Comissão de Educação e Cultura (CEC) da Câmara, onde estão até hoje. Para quem não sabe, a Câmara se divide em comissões temáticas, que são grupos de deputados que se especializam em certos assuntos. Todos os projetos que dizem respeito à educação e à cultura passam pela CEC. Quando um projeto de lei passa por qualquer comissão da Câmara, um dos deputados-membros é escolhido como relator e tem a tarefa de examinar o projeto e produzir um relatório a seu respeito, explicando-o aos demais membros da comissão e recomendando a aprovação ou rejeição do projeto. A comissão é livre para acatar ou não o relatório do deputado relator, mas em geral a tendência é acatá-lo.

    Em junho de 2009, a então deputada relatora, Bel Mesquita (PMDB-PA), apresentou à CEC um relatório propondo a rejeição dos projetos sobre homeschooling, alegando que eles violariam a Constituição e as leis brasileiras, que a socialização escolar é imprescindível e que há países desenvolvidos que proíbem ou restringem o ensino domiciliar.

    Em julho de 2009, o Dep. Lobbe Neto (PSDB-SP) sugeriu à CEC que, antes que ela tomasse alguma decisão acerca do relatório da Dep. Bel Mesquita e dos projetos sob análise, fosse realizada uma audiência pública, na qual a CEC convidaria especialistas no assunto a apresentarem palestras e discutirem o tema perante a Comissão. Essa audiência de fato foi realizada em outubro de 2009, com a participação dos seguintes palestrantes:

    (a) o Sr. Carlos Artexes Simões, diretor de Concepções e Orientações Curriculares para a Educação Básica, da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação;

    (b) o Sr. Cláudio Ferraz Oliver, escritor, mestre em educação pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em Curitiba, e residente nessa cidade;

    (c) o Sr. Cléber de Andrade Nunes, designer, residente em Timóteo (MG), pai de dois adolescentes que estão sendo educados em casa por ele próprio e por sua mulher, e que por causa disso está enfrentando ações judiciais divulgadas na imprensa de todo o país;

    (d) o Prof. Luiz Carlos Faria da Silva, doutor em educação pela Universidade Estadual de Campinas e professor da Universidade Estadual de Maringá (PR);

    (e) o Prof. Alexandre Magno Fernandes Moreira Aguiar, procurador do Banco Central do Brasil, professor de Direito na Universidade Paulista e em vários cursos preparatórios para concursos em Brasília.

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  4. O representante do MEC posicionou-se contrário aos projetos; todos os demais, contudo, se pronunciaram favoravelmente e apresentaram com brilho vários argumentos relevantes.

    Em consequência dessa audiência, o deputado que a presidiu, Wilson Picler (PDT-PR), convenceu-se do mérito do ensino domiciliar e preparou uma proposta de emenda constitucional (PEC) destinada a consagrar na Constituição Federal o direito ao ensino domiciliar. Ele conseguiu o apoio de dezenas de outros deputados para apresentar essa proposta. Trata-se da PEC 444/2009, que também está tramitando no Congresso. Não se deve confundir a PEC 444/2009 com os dois projetos de lei que estou comentando aqui; enquanto a PEC pretende alterar a Constituição Federal, os PLs pretendem modificar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Para os interessados na prática do ensino domiciliar, é muito importante a aprovação tanto da PEC quanto destes PLs.

    Pois bem: depois dessa audiência pública, a tramitação dos PLs na CEC da Câmara parou por um longo tempo. O relatório da Dep. Bel Mesquita foi arquivado sem ser votado. A deputada, por sua vez, não foi reeleita e saiu da Câmara dos Deputados.

    Até que agora, em 15/09/2011, o novo relator, o Dep. Waldir Maranhão (PP-MA), apresentou um novo relatório à CEC sobre esses projetos. E esse segundo relatório também recomenda a rejeição dos dois projetos, com base em argumentos idênticos aos da antiga relatora Bel Mesquita.

    Esse relatório ainda não foi votado pela CEC, mas pode vir a ser votado a qualquer momento. Caso a CEC aceite o relatório, os projetos serão rejeitados definitivamente e nós perderemos uma oportunidade histórica de legalizarmos o ensino domiciliar no Brasil. É fundamental, portanto, que todos aqueles que apoiam o homeschooling escrevam aos deputados que integram a CEC, manifestando seu apoio aos projetos e sua desaprovação do relatório do Dep. Waldir Maranhão -- e, naturalmente, solicitando aos deputados que rejeitem o relatório do Dep. Maranhão e aprovem os projetos.
    Os e-mails dos deputados que integram a CEC são:

    cec@camara.gov.br

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  5. Cláudia ,não costumo ser radical ,mas nesse caso eu me posiciono completamente contra ao ensino domiciliar (como única forma de se educar crianças).Se os pais querem fazer um enriquecimento em casa, sou super à favor;mas privar as crianças do convívio escolar (me desculpem o termo)considero um crime.Pois a escola ensina muito mais que a educaçao acadêmicas ,ela ensina regras sociais primordiais para a vida.Saibam que sei exatamente o que estou falando pois privei meu filho da educaçao infantil por considerá-la desnecessária haja visto que ele já era alfabetizado desde os três anos e meio.O resultado foi o pior possível ,quando entrou para o ensino fundamental precisou aprender regras sociais que as outras crianças já sabiam à muito(foi muito sofrido, especialmente por conta da sensibilidade exacerbada dos superdotados).Tavez por isso eu tenha uma posiçao tão radical.

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  6. Não acho que seja ser radical. Acho que cada um tem o direito de ter a sua opinião, ainda mais você, que está nos contando que passou por esta experiência com o seu filho e que você não achou bom para ele. Eu, também, não sou muito favorável para os meus filhos, mas, acho que cada pai sabe o que é melhor para o seu filho. Mas, acho importante saber um fato interessante que ouvi, ontem, de uma amiga minha, que estava comentando esta publicação que eu fiz, ontem, e que é o fato de que as pessoas que costumam fazer o "homeschooling" aos seus filhos, costumam, também, investir na parte social da criança, através da convivência delas em grupo de igreja, acampamentos, atividades extra-curriculares, aonde as crianças poderão ter o convívio com outras crianças, de forma a não prejudicar o lado social delas.

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  7. Pelo q eu saiba realmente este tipo de ensino não é legal no Brasil, mas isso não impede que a gente faça paralelo com a escola.
    Eu faço com Júlia e posso dizer por experiência própria que tive q suar muito a camisa e mudar o método várias vezes, já q ela se distraía e se entediava muito rapidamente.
    Apesar de muito inteligente, percebo q ela tem uma característica q eu tenho, q é se dispersar muito fácil, por isso o q eu ensino tem ser interessante p ela ou pelo menos ser ensinado de forma interessante.
    No colégio por ex ela é ensinada as vogais, cordenação motora, e contar e escrever até 4. Mas, em casa eu já ensinei e ela já sabe o alfabeto inteiro, identificando inclusive cursiva; sabe escrever algumas letras, inclusive a mão livre; escreve os números até 10 e identifica quantidade até uns 20 e conta até uns 30, 40, ainda se confunde; escreve o nome dela e vovó em letra bastão e está aprendendo mamãe e papai; lê algumas palavras e sabe várias palavras em inglês, inclusive tenho percebido q ela tá aprendendo inglês com a tv.
    Não é fácil ensinar uma criança em casa, principalmente uma geniosa como a minha. Ela tem um caderninho q eu faço exercícios p ela, q antes eu pegava na internet, mas percebi q quando eu crio os exercícios ela faz bem melhor; ela tem um quadro branco de canetinha, onde escrevo as coisas e ela tb e um quadro de imã, um pequeno de giz e cartazes.
    Gostei muito do assunto do seu post. Superdotada ou não eu sempre acho q posso fazer mais por minha filha e acho q ela retribui esse meu interesse em ensiná-la sempre com muito amor.

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