quarta-feira, 15 de junho de 2011

Superdotação não é doença !!!


Superdotação não é Doença - A história do eminente matemático norte-americano Jonh Forbes Nash ganhou fama em 2001, com a chegada de "Uma Mente Brilhante" aos cinemas. Apesar de sofrer de esquizofrenia, doença que o fazia ter alucinações e paranóias, Nash foi considerado "um gênio" por seus colegas e professores e, em 1994, venceu um prêmio Nobel por uma teoria econômica revolucionária.



O filme mostra momentos inspirados de criação misturados a uma obsessão febril, sugerindo que a doença, de alguma forma, poderia ser originária da inteligência excessiva. Mas, embora seja comum associar alto QI e doenças mentais, a relação não tem comprovação científica. ", afirma o neuropsicólogo Daniel Fuentes. O resto, até onde se sabe, é especulação.



Vida Social


Outro mito é que os pródigos são tímidos, introvertidos. Mas seráverdade que eles têm dificuldades em manter uma vida social?Alguns teóricos atestam justamente o http://xn--contrrio-dza.As altas habilidades podem facilitar a vida social, já que os jovenstalentosos têm um grande senso de adequação e muita empatia.Essas pessoas tendem a ser mais curiosas, seus interessesabrangem um universo maior e a relação delas com o mundo é maisrica.


Por outro lado, há também superdotados com traços que dificultam a socialização, como a dedicação obstinada, a independência, o alto nível de concentração e o perfeccionismo - oque pode fazer com que sejam rejeitados por seus colegas. É o que notou a psicóloga Fabíola Gomide Baquero, professora da Universidade Católica de Brasília e mentora de um programa de extensão para universitários com altas habilidades. "Uma dificuldade comum dos adolescentes atendidos no projeto que coordenei era de se relacionar com colegas da mesma idade, sofriam com preconceitos e se sentiam peixes fora d'agua. Esses alunos preferiam a companhia de pessoas mais velhas, professores que tivessem o mesmo interesse de investigação ou pessoas da equipe que trabalhava diretamente com eles", conta.


Quase 50% dos adolescentes com altas habilidades sofrem do chamado bullying e são vítimas de apelidos pejorativos e hostilidades por causa da sua condição, mostra a pesquisadora Jane Farias Chagas Ferreira, em sua tese de doutorado apresentada no Instituto de Psicologia da UnB. A pesquisa revelaque, para não serem rechaçados pela turma, os jovens são obrigados a negar suas habilidades - um comportamento muito comum entre as meninas.


Em casa, a relação também é conflituosa. Os irmãos de superdotados parecem se incomodar com a comparação entre eles. Esses irmãos acabam se ressentindo por se verem obrigados a se dedicar mais às tarefas domésticas, enquanto os jovens talentosos passam mais tempo em atividades ligadas ao talento. A pesquisa ainda revelou que muitos pais estavam insatisfeitos por ter conseguido tardiamente atendimento para seus filhos.


Considerando diversos estudos realizados sobre a psique humana, pesquisadores enfatizam a importância dos fatores emocionais e sociais para a construção do potencial do indivíduo com altas habilidades. Sabe-se que o autoconceito refere-se a imagem subjetiva que cada pessoa tem a respeito de si, assim como a visão do outro sobre nós. Segundo Hater (1985, apud, MEC/SEESP, 2007, pág. 43), o autoconceito é composto por múltiplas dimensões entendido em termos de domínios de competência. Assim, a pessoa pode sentir-se competente e confiante em um aspecto e pode, entretanto, não ter o mesmo sentimento em outro, sejam eles referentes à competência escolar, aceitação social, competência atlética, aparência física, comportamento e percepção global que tem de si mesmo. Desta forma, de acordo com o modelo proposto, o auto conceito é composto de várias dimensões interdependentes umas das outras.


Alencar e Virgolim (1993, apud MEC/SEESP, 2007 pág. 22) destacam que os anos escolares são de grande importância para formação da imagem que o indivíduo tem de si, em face das trocas culturais proporcionadas pelo espaço escolar. Além das experiências diversas, estes sujeitos podem atuar em suas próprias percepções e fortalecer atitudes e crenças, propiciando o auto-conhecimento.


Muitas vezes, no ambiente escolar, os alunos com altas habilidades na tentativa de adaptar-se ao padrão de normalidade existente acabam por ignorar seu potencial criativo acima da média e, por conseguinte, suas emoções. Portanto gerando barreiras que inviabilizam a compreensão de suas habilidades e, podendo canalizá-la para fins escusos, como a criminalidade.



Isto tudo é verdade e eu concordo ! Tive o prazer e a grande oportunidade de assistir à palestra da Professora Jane, no I Congresso Internacional de Altas Habilidades / Superdotação, realizado em Curitiba, em 2.010, sobre bullying entre os superdotados e achei muito interessante o que fora abordado. Apesar de ser uma triste constatação... Precisamos quebrar estes paradigmas, fazendo um trabalho junto às escolas de nossos filhos ! Trabalho de Jó, diga-se de passagem ....

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