domingo, 6 de novembro de 2011

Diagnóstico Equivocados de Hiperatividade - TDHA ou TDA em crianças superdotadas




Achei importante postar a informação que colhi do livro "Talento e Superdotação - Problemas ou Solução", da Maria Lucia Prado Sabatella", no que diz respeito aos diagnósticos erroneamente formulados por professores, médicos, neuro -pediatras, psicólogos e psico pedagogos acerca de uma suposta hiperatividade em crianças, que, na verdade, são crianças superdotadas sem falta de estímulo, identificação e motivação.


Muitos pais têm levantado estas dúvidas, questionando se os seus filhos são, mesmo, hiperativos e apresentam problemas comportamentais, ao mesmo tempo que apresentam uma inteligência acima do normal. Para estes pais, o que posso oferecer são as ilustres palavras da Dra. Maria Lúcia, acima citada, e da sua obra em referência, vejamos (Obra supra referenciada, página 141 ) :


" Não é raro ver educadores que e ressentem com os estudantes que se destacam, fazendo observações sarcásticas em classe ou apontando a inteligência como uma obrigação permanente de bons resultados. Outros expressam seu desconforto ignorando o aluno superdotado e preferindo dar atenção aos estudantes com dificuldades, talvez para evitar o desafio representado pela criança maior habilidade.


Esse é um dos principais motivos do desajuste pois quando o local do trabalho escolar torna-se um campo de batalha, o aluno quase sempre ganhar
guerra das notas, se assim o desejar, e, uma batalha prolongada , servirá para retardar a auto-motivação.



Isso pode ser constatado pela observação de alunos que simplesmente não produzem, mas que são psicologicamente fortes e confiantes em suas capacidades. Eles podem escolher não se submeterem, assumindo um comportamento controlado para que professores e pais recuem um pouco, e continuarem resistindo passivamente, até na escola. Podem também, infelizmente, buscar o reforço de sua auto-estima na companhia de outros jovens e grupos, muitas vezes prejudiciais, mas onde encontram aceitação.


O desafio é auxiliar o aluno a manter-se interessado, ajudado-o a descobrir as razões para querer aprender e remover os bloqueios que estão interferindo na motivação.


As reclamações mais frequentes, a respeito do comportamento, sempre foram a frustração, desinteresse, instabilidade, desatenção e, no momento, a moda lançada é o rótulo patológico de dificuldades de aprendizagem, déficit de atenção, e hiperatividade, precedido ou seguido de siglas".


Na página 144 do livro ela diz o seguinte :

"Muitas crianças superdotadas estão sendo erroneamente diagnosticadas por psicólogoss, psiquiatras, neuro-pediatras e outros profissionais de saúde. Esses diagnósticoss, que estão se tornando frequentes, derivam da falta de informação, entre os profissionais, sobre as características emocionais e sociais específicas de crianças superdotadas, as quais são assumidas, como sintomas de patologia.


É comum o profesor conviver com crianças medicadas e rotuladas com o diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade - TDAH. Isso quando não é o próprio profesor que levanta a suspeita, sem avaliar a seriedade que envolve sua atitude. Diagnósticos devem ser feitos somente por profissionais habilitados e o TDAH não é simples de diagnosticar.


Algumas das crianças que recebem esse rótulo são demasiadamente espertas e não se conduzem dentro da expectativa dos padrões da escola que frequentam. Alunos mais inteligentes ficam facilmente entediados com repetições de conteúdos que já sabem, necessitando ser desafiados dentro e fora da sala de aula.

(...)

Além disso, para fazer a questão mais complexa, as observações clínicas sugerem que aproximadamente 3% de crianças altamente superdotadas sofrem de uma condição funcional de baixa taxa de açúcar no sangue. Silverman sugere que talvez a mesma percentagem também sofre de alergias de diversos tipos. Reações físicas nessas condições, quando combinadas com a intensidade e sensibilidade, resultam em comportamentos que podem aparentar TDAH. Porém os sintomas de hiperatividade em tais casos, irá variar com o período do dia, o tempo desde a última refeição, o tipo de comida ingeria ou contato com outros agentes ambientais.



É preciso perguntar se a desatenção e os comportamentos impulsivos ou inadequados acontecem somente em algumas situações, mas não em outras (por exemplo, na escola, mas não em casa ; na igreja, mas não no grupo de escoteiros, etc..).
Se os problemas de comportamento forem situacionais, provavelmente a criança não é hiperativa".

3 comentários:

  1. Obrigada pelo "post". Diminuiu minha ansiedade...

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  2. Livro muito interessante para os pais, professores e especialistas de várias áreas! MUITO BOM!

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