Vejam o movimento (no bom sentido, eu encaro desta
forma ...), que este jovem ateu fez, ao ser obrigado, por sua professora, a
rezar em sala de aula. Inconformado com
o que lhe fora imposto, o aluno se colocou, de forma assertiva. Indicou porque
não concordava com o que lhe estava sendo imposto ; não se submeteu ao que lhe
fora determinado , mostrou as razões do porquê não concordava em obedecer à
professora ; denunciou o caso à diretoria e à imprensa e, foi mais longe,
ainda, a dar a cara dele para bater.
Não escolhi esta matéria pelo fato de estar ou não ligada
à superdotação (que é o meu nicho), mas, desconfio que , por trás da postura deste
jovem, que, embora tenha uma mãe espirita e estude numa escola e more num país
católicos, tenha optado por ser ateu, exista um jovem superdotado. Isto, prá mim, já demonstra que é um
jovem com poder de reflexão. As outras atitudes dele, como verão abaixo,
também indicam uma personalidade superdotada. Pode ser que ele não seja
superdotado. Não importa ! Mas, adorei o que ele fez .. he he !
Extraído do site : http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/35004-aluno-ateu-diz-ser-perseguido-por-nao-rezar-na-sala-de-aula.shtml (Não dá para não ler.. he he)
Caso ocorreu em escola estadual de Minas Gerais;
após polêmica, professora foi orientada a não orar mais
Ateu há dois anos, aluno ouviu da docente que
'jovem que não tem Deus no coração nunca vai ser nada na vida'
RICARDO GALLO
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
Uma professora de
geografia de uma escola estadual de Minas Gerais resolveu iniciar as suas aulas
rezando o pai-nosso com todos os alunos. Um deles, ateu, decidiu manter-se em
silêncio.
Ao notar a reação do
estudante, ela lhe disse, segundo o relato do aluno, que "um jovem que
não tem Deus no coração nunca vai ser nada na vida". O aluno se
irritou, os dois discutiram, e o caso foi parar na diretoria da escola.
O Estado brasileiro
é laico e a Constituição, tal como o estatuto do magistério, proíbe discriminação
religiosa.
A Secretaria de
Estado da Educação de Minas apura se houve infração da professora. A secretaria
disse ontem tê-la orientado a não rezar mais em sala de aula.
O caso ocorreu há
duas semanas na escola estadual Santo Antonio, em Miraí, cidade de 13,8 mil
habitantes que fica na Zona da Mata, a 335 km de Belo Horizonte.
Uma inspetora
regional responsável pela escola disse que a professora foi "mal
interpretada" e que sempre tinha o "hábito" de rezar.
Quem discutiu com a
docente foi Ciel Vieira, 17, ateu há dois anos. "Eu disse que o que
ela fazia era impraticável segundo a Constituição. E a professora disse que
essa lei não existia". Lila Jane de Paula, a professora de Ciel,
não quis falar com a reportagem.
DISCUSSÃO
Ciel, cuja mãe
autorizou que ele falasse com a Folha, afirmou ter pedido para a
professora parar, sentindo-se humilhado. Lila o instou, diz, a levar um juiz à
sala de aula.
"Ela não me
pediu desculpas." A resistência à oração o fez ser vítima de bullying de
colegas, afirma -disseram que ele era "do demônio".
O garoto gravou parte
da oração e pôs no YouTube, sob o título "Bullying e Intolerância
Religiosa". No vídeo, é possível escutar o som do pai-nosso. Ao fim,
ouve-se: "Livrai-nos do Ciel", em vez de "Livrai-nos do
mal". Foram colegas de classe, diz.
Avisada, a mãe de
Ciel foi à escola. Segundo ela, Lila se justificou dizendo que, ao falar que
"o jovem que não tem Deus nunca vai ser nada na vida", quis, na
verdade, falar que o jovem não seria nada "espiritualmente".
"Meu filho
sempre foi um aluno ético. Até chorei quando vi o vídeo dele", disse a
mãe, que é espírita e não quis dizer o nome. Ficou acertado com a escola que a
professora não daria mais a primeira aula para Ciel -assim, ele não teria que
ouvir o pai-nosso. "Resolveram o meu problema e jogaram o resto para de
baixo do tapete", disse.
A ONG Ação Educativa
condenou a prática. Um professor público tem de ser neutro, diz. "As
orações nas escolas públicas ocorrem desde sempre, à revelia da lei", diz
Daniel Sottomaior, presidente da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos.
A CNBB (Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil), indicou dom Tarcisio Scaramussa para falar à
Folha, mas ele não foi encontrado.
Uffa.. (comentários meus...he he)
OUTRO LADO
Professora foi
orientada a parar com reza na aula
A professora de
geografia Lila Jane de Paula, da escola estadual Santo Antonio, de Miraí (MG),
não quis falar. Por telefone, a Folha a procurou na escola e via
Secretaria de Estado da Educação. A informação recebida foi que ela queria se
preservar.
A secretaria disse que
a professora poderá responder a processo administrativo caso se comprove
infração. Diz ainda tê-la orientado a não rezar mais dentro da classe.
"A secretaria
já passa a orientação de que o Estado é laico e que não se pode haver prática
de atos religiosos dentro de uma escola pública, que é um espaço público",
informou a secretaria.
Inspetora responsável
por fiscalizar a escola, Joana D'Arc Rocha e Silva afirmou ter havido má
interpretação por parte do aluno. "Ela não disse ["Um jovem que não
tem Deus no coração nunca será nada na vida"] nesse sentido. Nós
conversamos com a mãe e a professora explicou." Ela não explicou em qual
sentido Lila falou a frase com o aluno.
Joana disse que rezar
no início da aula é um hábito de "muitos anos" da professora que
"ninguém nunca criticou", embora o ensino religioso não fizesse parte
do conteúdo do ensino médio.
A reportagem procurou
o diretor da escola. Alexandre, como se identificou, não deu o sobrenome e
também não quis ser entrevistado.
ABSURDO (comentário meu ....)
Extraído do site : http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/35005-lei-em-ilheus-obriga-rezar-o-pai-nosso.shtml
Uma lei em Ilhéus (BA) obriga as escolas
municipais a rezar o pai-nosso antes das aulas. A medida começou a ser cumprida
em fevereiro. Para o Ministério Público local, a lei é inconstitucional.
Que triste isso, é um fato que as escolas deveriam ser laicas, escola é formadora de opnião, os que quiserem ser zumbis que vão pra igreja. Eu tb não rejaria não, mas como aqui é mais comum ter ateus (tem dois na minha sala), acho que ninguem se importaria. Uma vez uma prof. de geografia disse que achava uma idiotice ter depressão, eu quase tirei o sapato pra jogar, sorte dela que eu contei ate 1000. Pelo menos na minha escola os alunos e professores são mais mente aberta. Ex: ja aconteceu de num mesmo ano eu 2 professores ateus e tb tenho meus amigos ateus, agnosticos e sem religião que me apoiam.
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