Extraído do site : http://www.cenariomt.com.br/noticia/536409/secretaria-do-mec-cobra-execucao-de-politicas-de-educacao-para-alunos-deficientes.html
A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados
discutiu o financiamento da educação especial
A secretária de Educação Continuada do Ministério da
Educação (MEC), Ivana de Siqueira, afirmou
em debate na Câmara dos Deputados que as políticas públicas que beneficiam os
alunos com necessidades especiais não são efetuadas nas escolas.
“A inclusão desses alunos não se faz com matrícula ou
orçamento, é preciso possibilitar o
acesso e a permanência desses estudantes nas escolas”, afirmou durante
audiência pública sobre o financiamento da educação especial, nesta
quinta-feira (14), na Comissão de Educação.
Segundo ela, os
recursos do governo investidos no Atendimento Educacional Especializado (AEE)
desses alunos não são aplicados nas escolas.
Ivana de Siqueira afirmou que, em algumas escolas,
ainda estão fechados os equipamentos que seriam usados nas salas de recursos
multifuncionais – que atendem alunos com necessidades especiais. “As entidades
envolvidas devem acompanhar a destinação desses recursos e avaliar como está
sendo o processo de aprendizagem”, destacou a secretária.
Falhas na
aplicação
O deputado Izalci (PSDB-DF), que propôs a realização
da audiência, afirmou que houve um aumento nos recursos destinados à educação,
porém há falhas na aplicação.
“As leis já
existem. Precisamos de um controle maior sobre as aplicações dos recursos,
que vai ocorrer quando as comunidades civis dos municípios participarem, em
forma de conselhos, da verificação de onde estão sendo aplicados os recursos
encaminhados aos municípios”, disse.
Segundo o diretor de estatísticas educacionais do
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP), Carlos Eduardo Moreno
Sampaio, no Brasil existem 108.695 escolas que atendem aproximadamente 930 mil
alunos com deficiência. 81% desses alunos estudam em instituições públicas e
19% em privadas.
A maior parte desses alunos (69%) possui deficiência
intelectual e, aproximadamente 15%, deficiência física. Quando inspecionadas,
65% dessas escolas não possuíam instalações adequadas para atender deficientes
físicos, e apenas 24% utilizam o AAE.
Apenas 43% dos alunos com cegueira se beneficiam do
AEE. Ainda segundo o INEP, 453 mil alunos com deficiência iniciam o ensino
fundamental, porém apenas 8.545 ingressam no ensino médio.
Assistência
Ivana de Siqueira também ressaltou dados sobre o
Programa BPC na Escola, do MEC, que monitora o acesso e a permanência de
pessoas com deficiência nas escolas. O Benefício de Prestação Continuada da
Assistência Social (BPC) é um benefício que garante um salário mínimo pessoas
com deficiência.
Em 2008, foi identificado que 71% dos beneficiários do
BPC com deficiência, na faixa etária de zero a 18 anos, estão excluídos da
escola, o que implica em 29% destes beneficiários atendidos pelas escolas.
Habilidades
e superdotações
A vice-presidente da Associação de Pais, Professores e
Amigos dos Alunos com Altas Habilidades/Superdotação do DF (Apahsdf), Valquíria
Theodoro, disse que é preciso uma
reformulação da Lei 13234/15, que trata sobre o cadastramento e o atendimento
de alunos com altas habilidades ou superdotação.
Ela reclama que o
direito ainda não pôde ser adquirido porque a lei não define quem será o órgão
responsável pelo cadastro. Segundo Valquíria, os pais dessas crianças são os principais prejudicados pela má execução
de politicas públicas voltadas para educação de crianças especiais.
Ivana de Siqueira disse que, devido à crise econômica,
o MEC
precisa identificar prioridades em que serão feitos os investimentos nos
programas voltados para educação especial, desenvolvidos pelo órgão.
Ela destaca o Programa Nacional para a Certificação de
Proficiência no Uso e Ensino da Língua Brasileira de Sinais (Prolibras) que,
por meio de exames, certifica profissionais da educação na proficiência, no
ensino e na tradução de Libras. De 2006 a 2010, 6.101 profissionais foram
certificados.
Profissionais
especializados
Carlos Eduardo Moreno Sampaio comemorou que o número
de profissionais especializados na educação especial aumentou. Em 2015, foram
aproximadamente 93 mil docentes formados.
Ivana de Siqueira considera que se deve ampliar o
debate sobre o tema com a sociedade civil, para pontuar quais são as principais
necessidades apontadas pelos alunos, pais e professores, já que são eles quem
acompanham a efetivação da lei.
“A deficiência não é individual. A deficiência é do
ambiente e dos recursos oferecidos. Portanto, é preciso saciar essas
necessidades para que ninguém fique prejudicado”, considerou Ivana.
MEUS COMENTÁRIO : Em relação à fala do MEC, de que ele precisa identificar prioridades em que serão feitos os investimentos nos programas voltados para educação especial, desenvolvidos pelo órgão, pra mim, está claro que a área da Educação Especial que contempla as altas habilidades / superdotação não será uma destas prioridades, pois existe um mito de que "Os superdotados não precisam de nada para aprenderem e se motivarem. Eles vão sozinhos". Logo, se há pouca verba e prioridades a serem escolhidas, nosso grupo vai ser o primeiro a rodar nesta história. Então, sra. Ex-Presidente Dilma, de que vale criar uma lei, se não cria condições e instrumentos efetivos para que ela seja cumprida e os direitos dos alunos superdotados garantidos ? Só pra ficar " bem na fita" ?
MEUS COMENTÁRIO : Em relação à fala do MEC, de que ele precisa identificar prioridades em que serão feitos os investimentos nos programas voltados para educação especial, desenvolvidos pelo órgão, pra mim, está claro que a área da Educação Especial que contempla as altas habilidades / superdotação não será uma destas prioridades, pois existe um mito de que "Os superdotados não precisam de nada para aprenderem e se motivarem. Eles vão sozinhos". Logo, se há pouca verba e prioridades a serem escolhidas, nosso grupo vai ser o primeiro a rodar nesta história. Então, sra. Ex-Presidente Dilma, de que vale criar uma lei, se não cria condições e instrumentos efetivos para que ela seja cumprida e os direitos dos alunos superdotados garantidos ? Só pra ficar " bem na fita" ?
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