terça-feira, 1 de novembro de 2011

Desenvolvimento Afetivo


Mentes brilhantes


Quais métodos os psicólogos contemporâneos usam para identificar crianças superdotadas? Como ocorre o desenvolvimento emocional desses pequenos? Veja o que existe de novo nesse campo e o que dizem os pesquisadores sobre os famosos testes de QI


http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/50/artigo164356-3.asp


Por Roberta de Medeiros



Desenvolvimento Afetivo


Ser superdotado não significa ter uma vida de facilidades como supõe o imaginário popular. Afinal, não é nada fácil ter a inteligência de um adulto num corpo de criança. Isso faz com que o superdotado tenha um desenvolvimento desarmônico em diferentes campos, como afetivo, cognitivo e motor. "Não é fácil para essas crianças viver com o descompasso entre o raciocínio e a linguagem, entre o cognitivo e motricidade e entre o afetivo e o cognitivo. Isso consome grande energia e gera ansiedade e confusão", diz Nara.



"Como a escola tende a esperar que o aluno progrida de uma maneira homogênea em diferentes áreas do conhecimento, isso pode gerar dificuldades para o aluno, sobretudo, de natureza emocional", pondera Ângela. "O superdotado pode ser, por exemplo, dominado por medos e ansiedades que resultam das suas reflexões sobre problemas enfrentados pela humanidade ou a partir de leituras sobre temas geradores de ansiedade, com as quais ele não sabe lidar".


Além disso, quando alguém tem facilidade para uma atividade, há uma tendência natural a investir mais em experiências desta mesma área.



"Uma criança que tem mais facilidade para leitura, irá se dedicar por mais tempo e com mais prazer nesse campo. Outra, com talento na inteligência corporal, tende a se exercitar mais em esportes, dança ou outra atividade que consegue mais sucesso. Isso explica, em parte, esse descompasso", diz a psicóloga Mara Regina Nieckel da Costa, professora da Universidade Luterana do Brasil e membro do CONBRASD (Conselho Brasileiro para Superdotação).


O perfeccionismo dos superdotados é outra fonte de estresse. Um estudo realizado com 51 estudantes do programa para alunos com altas habilidades da Secretaria da Educação do Distrito Federal indicou que 66,67% se classificaram como perfeccionistas saudáveis e 10,61% como perfeccionistas não saudáveis, ou seja, neuróticos. "Esses resultados chamam a atenção para um número significativo de alunos superdotados que necessitam de assistência, para que possam compreender e lidar melhor com a sua conduta, buscando reverter o lado destrutivo do perfeccionismo", diz.



Como acontece com qualquer excepcional, a criança superdotada tem um desenvolvimento desigual. "Eu conheci uma criança de 6 anos que já sabia ler, mas que ainda usava fralda. Mas não faz sentido a escola argumentar que a criança não poderá avançar uma série porque não está emocionalmente preparada para aquela turma. Porque com a mudança, ela estará ajustada pelo menos na área acadêmica", argumenta Maria Clara.







Sem compreensão



Beethoven foi considerado medíocre por seu professor de música. Walt Disney foi despedido por um jornal porque não tinha boas ideias e rabiscava demais. Isaac Newton, que descobriu a teoria da gravitação universal, tirava notas baixas na escola. Albert Einstein foi reprovado em Matemática e tinha dificuldades em ler e soletrar.


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