Estes dias, na comunidade do Orkut, da qual sou moderadora, Pais de Superdotado, colocamos em debate uma questão que acomete todos os pais de crianças superdotados, principalmente, assim que descobrimos que os nossos filhos são superdotados, que é a questão do deslumbramento. Ao falar sobre as suas experiências, acabamos, também, entrando em alguns assuntos que estão co-relacionados com este deslumbramento, que são : a exposição da superdotação dos nossos filhos, perante as outras pessoas, em alguns casos, até mesmo perante a mídia (programas de TV, youtube, relatos de suas façanhas ou postagens de filminhos com as proezas deles, em redes sociais, jormais, etc.) ; o quanto este deslumbramento e exposição é bom ou ruim para nós, enquanto pais e como isto tudo reflete em nossas crianças, que são os verdadeiros protagonistas destas situações.
Vamos conferir o resultado deste debate, no texto abaixo, e, se possível, eu também gostaria de ouvir o comentário de vocês, leitores, sobre o que acham a respeito do deslumbramento dos pais de crianças superdotadas ; se já passaram ou por esta situação ; como se sentiram e o que pensam sobre a exposição da inteligência especial destas crianças, na mídia, programas de TV, etc.
“O meu maior erro foi quando eu soube que a minha filha poderia vir a ter que pular de ano e sai contando prá todo mundo.. Foi nesta hora que tudo deu errado, inclusive o processo dela de aceleração que apresentou algumas questões jurídicas (e foi nesta hora que eu comecei a me aprofundar na questão jurídica deste tema). Com isto, a questão dela ser acelerada demorou mais um ano e pouco e a nossa bola foi baixando e quando ela, finalmente, foi acelerada de série, nós combinamos com a escola de não contar nada para ninguém, o que também não foi bem visto pelos outros pais.
Com o meu filho, eu já estava bem mais madura em relação a isto tudo, aceleração, habilidades, deslumbramento, etc e quase não comentei nada sobre ele, principalmente, quando ele pulou de ano. Foi aí, que as pessoas estranharam mais ainda, pois nem sabiam do que ele era capaz. (já que com a minha filha sabiam). Enfim, as pessoas vão falar de qualquer jeito, mas é melhor falarem de coisas que não fizemos, do que de coisas que fizemos, como no caso ficar falando como se o nosso filho fosse melhor do que os outros, só porque são mais inteligentes.
Agora, em relação á criança, se os pais ficarem criando muitas expectativas em torno da criança, de que ela sempre vai ter que cumprir aquele papel da pessoa que vai ter que se sobressair, ser sempre a melhor, a que sabe mais, vai ser um fardo muito grande para a criança e ela vai criar uma noção de espaço que ela ocupa na vida dos pais errado. Ela não estará sendo amada pelo que ela é, mas, sim pelo que ELA FAZ OU SABE.
A criança também poderá não saber lidar com a frustração, quando não conseguir realizar algo. Já que, por toda a sua vida, até então, ela sempre teve facilidade de realizar as coisas e foi admirada por isto. Vai ser muito mais difícil dela lidar com uma situação desconhecida ou que ela não consiga dominar. Por vezes, a criança pode nem tentar ou travar, diante de um desafio.
Além do mais, se os pais ficarem expondo muito esta criança, o ego dela pode ir lá nas alturas, o que também não é legal para a convivência com os amiguinhos e ela pode vir a enfrentar problemas sociais por conta deste seu super ego ou super auto estima. Tá certo que é bom ter uma auto estima alta, mas, nem tanto..
Por isto é que, com tudo o que aprendi, desde quando descobrimos a superdotação da minha filha, por termos vivenciado o deslumbramento com a inteligência e aptidões dela, e termos enfrentado as consequências negativas (e foram mais negativas do que positivas) deste deslumbramento, é que eu acho legal dar um toque para os pais que estão recém descobrindo a superdotação de seus filhos, para que não exponham demais seus filhos e para que não SE exponham de mais. Nem sempre seremos bem vistos ou recebidos pelas pessoas, por querer dividir com o mundo que os nossos filhos são muito além de inteligentes”.
“O que eu tenho a dizer sobre este tema é que foi uma parte da minha descoberta como mãe de superdotado, muito difícil. Pois acredito que a partir de uma confirmação de superdotação, nesse momento também nasce a mãe de superdotado. Prá mim, foi muito complicado (tenho certeza que p/ pessoas mais maduras e bem resolvidas seja muito mais fácil), pois eu não tinha menor idéia com o que eu estava tratando. A única certeza que eu tinha é que era uma criança diferente e eu tinha obrigação de entender os dois lados : O lado maravilhoso que é saber que seu filho foi privilegiado com uma inteligência extrema e maravilhosa. E o outro lado que é lidar c/a assincronia, a hipersensibilidade emocional, o perfeccionismo que gera frustração, os hiperfocos, que as vezes incomodam, por sugarem nossos filhos por completo. Então, o deslumbramento aparece nesse furacão de sentimentos, e uma forte vontade de gritar p/ todo mundo "Olhem como meu filho é super inteligente, ele é superdotado!!!" Mas isso atrai mais coisas negativas do que positivas. Se por um lado, vc mata a vontade de que todos saibam que seu filho é superdotado ; por outro vem uma chuva de julgamentos e energia negativa (INFELIZMENTE). Uma maneira que encontrei de colocar meus sentimentos p/ fora, foi participar aqui, me sinto bem, e não preciso despejar meus devaneios em pessoas que nunca vão entender do que estou falando. Obrigada mais uma vez meus amigos’.
Toda a exposição sem um motivo concreto ou seja exposição só para fazer graça ou só para aparecer é totalmente descartável e banal. Expor as crianças à toa, é uma situação inútil e nociva para as crianças.
Quanto ao deslumbramento, acredito que seja inevitável num primeiro momento, mas que tem que ser trabalhado, para que a criança cresça sabendo que esse dom não a torna melhor do que qualquer outra, e assim causando uma falsa impressão de que ela é "a ultima bolacha do pacote". Mas que ela entenda que tem um dom e que pode se prevalecer dele, mas que a criança também pode se perder por causa dele. Temos que ensinar o equilíbrio para os nossos filhos”.
“Concordo com tudo o que vc falou Marta. O deslumbramento é inevitável, por isso acho que não devemos nos sentir mal, se passamos por esta fase. Mas, temos que cair na real, de que, com todas estas habilidades que os nossos filhos têm, eles não são melhores do que as outras crianças e eles têm que crescer de forma humilde, mas, sabendo que possuem um dom e sabendo fazer bom uso dele”.
“Quando eu fui perceber que meu filho era bem diferente, minha intenção foi a de esconder, primeiro que não sabia o que ele tinha ; segundo eu não fazia ideia de como isso ia afetar a vida dele... E, logo que eu descobri (que ele era superdotado), vim parar aqui. Então, eu só falo das coisas dele por aqui mesmo ... rs.
E sou totalmente contra essa exposição, principalmente na TV.
Mas sou mesmo deslumbrado com meus filhos, mesmo com coisas nada geniais tipo quando o mais novo faz bolha de baba com a boca...
Acho inevitável !”
K.
Gente ...
“Acho que no momento inicial da descoberta é muito comum o deslumbramento.
Antes eu ficava louca e falava tudo pra todos até que aprendi que é uma questão difícil pra pessoas que tem filhos "normais" entenderem.
Antes numa conversa se alguém dizia : - Ah! meu filho de 3 anos ligou o computador sozinho”. Eu sempre falava : “- Meu filho de 2 anos e meio usa a internet, Mensseger, orkut, word, paint, jogos in line, programas, lê revistas, livros , entende de mapas e bandeiras e etc..... E eu notava que a cara da pessoas dizia: “- Essa mulher é louca” ! kkkkkkkk
Então parei. Não comento sobre o desenvolvimento do meu filho com ninguém a não ser quem realmente sabe do que estou falando.
Hoje já consigo lidar de uma forma muito natural e ele também tem aprendido a tratar muito tranquilo.
Aprendi muito aqui na comunidade”.
“O deslumbramento meu e do meu marido foi inevitável.
O problema são outros. Eles acham que estamos exagerando.
Com o tempo e a informação vamos trabalhando esses acontecimentos de forma mais racional.
Para o meu filho, sempre falo que ele é inteligente, é o cara, e o quanto é importante isso na vida dele, mas que isso não deve ser falado ao vento. Na sala de aula, por exemplo, ele só fala de suas notas quando perguntado. Digo a ele que ele não precisa se comparar aos outros”.
M.
“Vc tocou num ponto curiosa. Nos disse que para os outros, parece que estamos exagerando.. Mas, será que não estaríamos mesmo ? Ou será que, contar aquilo que nos dá orgulho, é tão normal quanto o que os outros pais nos contam, de que o filho já fala "mamã, papá", ou que ele senta no piano e aperta as teclas é tão normal quanto isto que eu acabei de citar ???”
“Pra mim é bem difícil não falar sobre alguma habilidade do E., quando estou com amigos e o assunto é pertinente, o problema é controlar a ansiedade e falar só o necessário, mas acho que a fase de maior deslumbramento já passei, foi quando aprendeu a ler e escrever...”
T.
“Prá gente também. .. a fase de maior deslumbramento foi quando eles começaram a aprender a ler e a escrever, tão cedo (letras 2, palavras 3, leitura de livro e frases 4 anos)... Mas, hj não falo + nada...”
Claudia
“Contar os progressos de uma criança normal é uma coisa e contar os progresso de uma criança Superdotada é diferente. Soa diferente. Algumas pessoas acham que queremos nos exibir mesmo. Estou escolada pra isso. Sem dúvida é assim que funciona. Qualquer um aqui do grupo já passou por isso ou será que ninguém percebeu ?
Hoje sei dos riscos. E tento preparar meu filho para esse deslumbramento. Tudo que é mais demais, é demais.
Sabemos dos progressos dele, e quero que ele entenda o quanto isso é importante para a vida.”
S.
“Quais os pais que não se sentem deslubrandos com as precocidades dos seus filhos ? Primeiro, nos sentimos felizes pelo nascimento deles. Depois, vamos acompanhando cada evolução. E, quando iniciam sua aprendizagem, nos sentimos orgulhosos, quando as pessoas dizem que nossas crianças são muito inteligentes. Lembro que, quando meu filho eram bem pequeno, minha mãe, que foi alfabetizadora por 30 anos, dizia "esse menino é diferente, aprende muito rápido, quisera eu poder ensiná-lo". Infelizmente, minha mãe se foi.
Até que um dia vem a escola e nos frusta, tamanha é a incapacidade de lhe dar com as inteligências. Resultado, ficamos a mercê de uma educação retrógada, que não faz questão de mudar, porque está dando certo assim. Vão continuar explorando nossas crianças e faturando a custa dos pais que aceitam as regras tradicionais das escolas particulares, que não investem no progresso.
Felizmente, nossos filhos tem pais atentos e que os amam, assim podem está acompanhando seus conhecimento, caso contrário realmente o resultado pode ser muito desastroso quando são educados em ambientes de hostilidade”.
“Quais os pais que não se sentem deslubrados com as precocidades dos seus filhos. ?
Com o I. começou quando ele tinha 1 ano e 8 meses. Quando ele pegava a lista telefônica e apontava as letras e falava nome de pessoas e coisas com as letras apontadas. Eu incentivava e ficava maravilhada, claro. Logo ele começou a aprender as bandeiras do mundo e eu ficava toda babona. Quando começou a ler achei uma graça e incentivava até que ele começava a ler as coisas na rua e as pessoas se espantavam, então eu comecei a me incomodar porque as pessoas olhavam como se tivessem vendo um ETezinho. Eu pedia pra ele ficar quietinho hahaha.
Depois fui me acostumando, aceitando e vendo o que o I. sabia com mais naturalidade. Acho que isso me ajudou bastante até para lidar com mães de amiguinhos e pessoas que ficavam curiosa, em relação ao que o I. sabia. Quando ele entrou na escola, foi muito bom porque a professora dele, que eu já conhecia há muito tempo (foi professora da minha filha mais velha), me ajudou muito, e tratava o I. como igual, não o diferenciava da sala, assim como a coordenadora e a diretora da escola. Acho que este foi um ponto muito positivo.
Ainda hoje me deslumbro de vez em quando com as coisas que o I. faz, mas agora sou bem mais contida, consciente, e não fico jogando confete. E quando as pessoas se admiram eu falo que ele gosta de ler muito e é interessado no assunto, e as pessoas compreendem melhor”.
CLAUDIA !!
“Quando M.R. (1 e 8 meses começou a identificar as letras e os numeros, 2 anos a ler as palavras e escrever com letras de formas, 3 ler frase inteiras e escrever com letras de cursivas, hoje aos 4 anos nem se fala lendo e escrevendo igual a um adulto, sem falar no computador e inglês).
Olha ate hoje eu e o meu marido não acreditamos no que estamos vendo, imagine os outros. Quando contamos as façanhas dela, pensavam que estávamos loucos ou queríamos aparecer através da nossa filha.
Tanto que hoje, ela estuda no melhor colégio daqui da cidade de F. (está entre os 10 melhores colégio do norte e nordeste).
E lá, ninguém sabe, além da professora e coordenadores, que ela sabe ler e escrever.
Graças a Deus, M. R. encara com a maior naturalidade e nós tb "hoje".
S.
“O nosso maior problemas com as escolas são : Elas não sabem lidar com os altos e baixos das crianças. Ou elas entendem os "superinteligentes" tiram 10 em tudo, tiram sempre conclusões brilhantes, aprendem rápido desempenham as tarefas com louvor e jamais tem algum tipo dificuldade de aprendizagem ou seja o orgulho da escola. Os mais "fraquinhos "estão sempre atrasados, demoram para assimilar a matérias, sempre lentos em aprender. E os "mais ou menos" que não são os melhores mas também não sao os piores. E, a maioria dos superdotados não se encaixam em nenhuma dessas especificações, salvo os altamente acadêmicos. E aí, elas ficam como baratas tontas mesmo. Mas existem muita gente boa que leciona por amor que pode muito ajudar nossos filhos”.
“A situação de nossos filhos é mesmo um paradoxo. Imaginem só como fica a cabecinha deles ainda tão crianças aprendendo ainda a lhe dar com a vida, e nós termos que ensiná-los a omitir suas competências. Ser simples e natural é uma coisa, mas esconder sua inteligencia é outra bem diferente. Que conflito que podem ter ainda tão pequeno ? Meu filho já percebeu sozinho que não deve a qualquer pessoa expressar seus conhecimentos. Agora se ele encontra alguém que o acompanha em seu raciocínio, ele vai longe. Tem uma facilidade de se expressar, é questionador, mas primeiro observa o ambiente e a pessoa, depois desenvolve um diálogo. Isso se chama habilidade. Muita das vezes se ele demonstra o que sabe, dar a impressão de arrogância e que está querendo aparecer, saber mais que os colegas, aí realmente prefere se calar. Pelo que já li sobre superdotados e pelo que tenho aprendido, inclusive conversando com mães que tem filhos mais velhos que já passaram pelo que nos estamos passamos, temos que ficar atentos ao que a família e a escola ensina. Para os superdotados não funciona o velho ditado que dizia "faça o que mando e não faça o que faço".
S.
“Não sei se é porque o meu filho tem somente 7 anos, mas ele ainda não percebeu que não dá para ele sair por aí, falando sobre tudo o que lhe vem à mente (e olha que a mente dele não para um segundo sequer.. rs), porque as outras crianças (as vezes, até mesmo os adultos) não o acompanham.. mas, acho que ainda vai chegar esta hora..
Minha filha, por seu lado, é mais tranquila, em relação aos seus conhecimentos e, perante os amigos, só fala o que sabe, quando indagada....”
‘É Claudia, acho que talvez seja a questão da maturidade mesmo. Sua filha é mais velha que seu filho não é? Já passou por mais experiências.
A medida que vão passando pelas situações vão percebendo a reação das pessoas (crianças e adultos), e aí aprendem a reagir conforme o ambiente.
Aí é que vem a minha preocupação, de passarem a omitir e disfarçar seus conhecimentos só para poderem serem aceitos pelo grupo e pela maioria que não tem o seu mesmo raciocínio”.
S.
“Sim, minha filha é mais velha do que o meu filho E, sim, pode acontecer das crianças superdotadas, quando entram na adolescência, passarem a omitir que sabem tanto, para se sentirem mais aceitos.. Se isto não lhes prejudicar na escola, ou no trabalho, ou na faculdade, não vejo muito problema, em agir assim. Claro que o ideal é o superdotado se sentir bem, sendo quem ele é, e podendo demonstrar aquilo que ele sabe. Mas, nem todos conseguem chegar a este nível de evolução”.
S.
“O I. quando entrou na escola, aos 4 anos já sabia ler e escrever. Grande parte das crianças da sala mal conheciam o alfabeto.
Um dia a professora colocou um frasco de cola na mesa para distribuir entre os tubinhos e ele leu a embalagem toda de cola. As crianças se espantaram. A partir deste dia ele parou de ler na sala para não impressionar ou ser excluído pelos amiguinhos.
Acredito que este tipo de atitude pode ser vista também como Inteligência emocional, não ?”
“As crianças acadêmica e artisticamente superdotadas também, tipicamente, vêm de lares centrados nos filhos. Os pais de crianças academicamente talentosas, às vezes transformam a precocidade dos filhos em uma performance, exibindo-os...” (Winner)
ResponderExcluirBOM, VONTADE NÓS TEMOS DE "GRITAR" PARA TODOS OUVIREM, MAS QUANDO FIZEMOS OS TESTES DE SUPORDOTAÇÃO OS PROFISSIONAIS PEDIRAM QUE NEM PRA NOSSA FILHA FOSSE DITO. E QUE PULAR ETAPAS NAS ESCOLAS É MUITO COMPLICADO, POR NÃO TERMOS PROFISSIONAIS NA ÁREA DA EDUCAÇÃO CAPACITADOS PARA ESSAS CRIANÇAS. A ESCOLA EM GERAL SABE DAR MUITO BEM COM A CRIANÇA COM DEFICIT DE ATENÇÃO, POIS É MUITO DIFÍCIL DE ACEITAREM CRIANÇAS QUE SABE MUITO MAIS QUE O PROFESSOR. A NOSSA FILHA SÓ NÃO CHEGOU AO GRAU DE GÊNIO DEVIDO A UMA FALHA QUE ELA TEM NO CÉREBRO. NÃO TEMOS CONDIÇÕES DE PAGAR ESCOLA PARTICULAR, ELA ESTUDA EM ESCOLA PÚBLICA. AS ESCOLAS PARTICULARES DA REGIÃO NÃO DÃO BOLSA DE ESTUDO E NEM QUEREM SABER DO LAUDO. ELA VAI PRO 6º ANO E VÁRIOS PROGRAMAS DE AJUDA, SÓ DISPONIBILIZAM VAGAS PARA QUEM GANHA ATÉ 2 SALÁRIOS MÍNIMOS. NÃO SABEMOS O QUE FAZER.
ResponderExcluirAlessandra. Sim, temos vontade de gritar e não podemos.. kkkk. Vc pode gritar, lá na Comunidade Pais de Superdotado, do Orkut, que nós te ouviremos.. e não nos cansaremos de saber de todas as coisas maravilhosas que a sua filha fez ou faz.. Venha participar ! Isto já poderá te ajudar bastante. Dividir as suas angústias, buscar informações, ouvir o relato dos outros pais, irá te ajudar bastante.
ResponderExcluir1 - De onde você é ?
2 - Quem foram os especialistas que avaliaram sua filha ? Se não quiser nos dizer, aqui em aberto, pode me escrever, por e-mail, me dizendo. (claudiahakim@uol.com.br)
3 - Pois, achei muito estranha a orientação que estes especialistas te deram, para não contar para a sua filha que ela é superdotada e, portanto, diferente das outras crianças e não contar para a escola. Isto o que eles te orientaram é um verdadeiro mito, que não deveria ter sido dito por aqueles que se julgam especialistas. Leia sobre isto : http://maedecriancassuperdotadas.blogspot.com/2011/03/continuacao-do-texto-da-susana-perez_31.html
ITEM 4 do referido texto :
"4) Não se deve comunicar à criança que ela tem altas habilidades. (ALENCAR; FLEITH, 2001). Negar à criança o direito de confirmar algo que ela já sabe fere os direitos humanos e principalmente o compromisso com a verdade, ensinamento básico para qualquer criança. A criança com AHs freqüentemente manifesta seu sentimento de diferença com seus pares; “são diferentes às outras e sabem disto” (EXTREMIANA, 2000, p. 124), talvez sem compreender exatamente essa diferença, mas sim como algo que, muitas vezes, lhe incomoda ou causa mal-estar. Muitas crianças verbalizam esta condição; percebem as diferenças de ritmo de aprendizagem, interesses e desempenho em relação a seus colegas. Adolescentes e adultos têm consciência mais explícita desta diferença, mas não sempre como algo positivo. Especialmente quando a escola e a sociedade não reconhecem as AHs, a família passa a ser oporto seguro da criança, onde ser diferenteé admitido e compreendido, permitindo que ela desenvolva sua auto-estima para enfrentar um ambiente externo hostil à diversidade, que pode questionar suas características diferenciadas como algo que, em nome da igualdade, ela não deveria ter. Se a família ou a escola oculta as características que a criança percebe, ela pode pensar que há algo de errado com ela ou que, parafraseando Maturana (2001, p. 31) “ela é o que não deve ser ou não é o que deve ser”.
Dependendo do que constar no laudo de sua filha, em relação às habilidades acadêmicas dela e ao emocional dela, não é errado pensar em aceleração de série e pular etapas faz parte da condição de ser superdotado. Eles pulam etapas, querendo ou não querendo.. E isto o que te falaram sobre pular etapas : " Que não se deve pular etapas" também é um mito. Toda criança superdotada pula etapas ! Não há como impedir isto !!!
Acho que, você deveria consultar um especialista em altas habilidades com o laudo da sua filha em mãos, e ver o que o profissional sugere. Em seguida, entrar em contato com a Secretaria de Educação na qual a escola da sua filha está subordinada, para pedir que a Secretaria intervenha junto á escola para oferecer a melhor medida pedagógica para a sua filha : que seja o enriquecimento em sala de aula ; que seja a sua filha frequentar um Núcleo de Altas Habilidades, dependendo de onde vocês morarem ; que seja a escola reconhecendo a sua filha como tal ; ou até mesmo sugerindo a aceleração de série, se for este o caso.
Olá!
ResponderExcluirParabéns pelo blog. Os comentários são bastante interessantes e esclarecedores. Li num livro sobre superdotados que aquele que possui uma inteligência acima da média é como uma peça quadrada que não se encaixa entre peças redondas. Tudo que almejo a estas mães é que tenham paciência e estudem o assunto. Expor os filhos realmente é perigoso. Existe inveja, descrença, estranheza... O portador de altas habilidades é um indivíduo à parte, independentemente da sua idade. Pode ser criança ou adulto. Dificilmente se enquadra. O sentimento de diferença, estranhamento e exclusão é incômodo e comum. Tais pessoas deveriam, desde a infância, passar por um processo educativo diferenciado, o que falta nas escolas e depois nas universidades. Daí, fora a sensação de inadaptação e diferença, a frustração e infelicidade. É dificílimo viver num mundo onde se fala javanês quando todos falam português - e muito mal falado!
Mais uma vez, parabéns à criadora do blog. Estou sempre acompanhando-o.
Olá!
ResponderExcluirParabéns pelo blog. Os comentários são bastante interessantes e esclarecedores. Li num livro sobre superdotados que aquele que possui uma inteligência acima da média é como uma peça quadrada que não se encaixa entre peças redondas. Tudo que almejo a estas mães é que tenham paciência e estudem o assunto. Expor os filhos realmente é perigoso. Existe inveja, descrença, estranheza... O portador de altas habilidades é um indivíduo à parte, independentemente da sua idade. Pode ser criança ou adulto. Dificilmente se enquadra. O sentimento de diferença, estranhamento e exclusão é incômodo e comum. Tais pessoas deveriam, desde a infância, passar por um processo educativo diferenciado, o que falta nas escolas e depois nas universidades. Daí, fora a sensação de inadaptação e diferença, a frustração e infelicidade. É dificílimo viver num mundo onde se fala javanês quando todos falam português - e muito mal falado!
Mais uma vez, parabéns à criadora do blog. Estou sempre acompanhando-o.
Olá!
ResponderExcluirParabéns pelo blog!É realmente pouco aconselhável aos pais sair por aí alardeando a inteligência de seus filhos. Li num livro que o superdotado é como uma peça quadrada que não se encaixa entre peças redondas. E é assim a vida toda. Desde crianças até adultos. O sentimento de diferença, solidão e inadaptação é terrível geralmente. As pessoas não querem aceitar que os diferentes existem. Recomendo a estes pais que acompanhem seus filhos em suas necessidades de afeto e desenvolvimento e leiam sobre o assunto. Nem todo psicólogo sabe o que são altas habilidades. O sistema educacional não é adequado para essas pessoas desde crianças na escola até adultos na universidade. É lamentável. Que bom que existam blogs como este para que os pais possam interagir e contar suas alegrias, frustrações, dúvidas e experiências.
Mais uma vez, parabéns à criadora!
Roger, obrigada pelas suas palavaras e concordo plenamente com o que você disse. Se você gostou do blog e se se interessa pelo assunto, venha conhecer o meu grupo no facebook , Mãe de Crianças Superdotadas ! Te espero lá !
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