quinta-feira, 21 de julho de 2011

Brasileiro leva ouro inédito em olimpíada de física e já pensa em deixar o país


Matéria extraída do Jornal "A Folha de São Paulo", encarte Cotidiano, de 21/07/2.011


http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2107201122.htm



Aluno de São José dos Campos pretende fazer faculdade nos EUA




Gustavo Haddad Braga, que venceu a Olimpíada Internacional de Física na Tailândia



FÁBIO TAKAHASHI

SABINE RIGHETTI


DE SÃO PAULO


Cinco horas de estudo fora da jornada do ensino médio -"mas numa vida normal"- levaram Gustavo Haddad Braga, 16, a ser o primeiro brasileiro a ganhar medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Física, semana passada, na Tailândia.


Ele disputou com outros 393 representantes de 83 países. Foi o 12º ano de participação do Brasil na competição, iniciada em 1967 e que premiou com o ouro os 54 melhores da edição 2011.


Em dois dias, os estudantes resolveram três problemas teóricos e dois experimentais, "nível de terceiro ano de faculdade", diz Gustavo, que cursa o terceiro ano do ensino médio com bolsa de 100% no colégio Objetivo de São José dos Campos (SP).


"
Tenho facilidade com física, matemática e astronomia, mas tive de estudar bastante", diz ele, filho de engenheiros químicos. "Descanso mesmo, só de domingo."


Apesar da carga horária pesada de estudos, "em geral com livros em inglês porque há pouco material em português", ele conta que ainda conseguia jogar futebol, nadar e jogar um pouco no computador, "mas não muito".


O outro lazer fez com que ele mantivesse contato com as matérias de exatas. "Gosto de dar aulas no colégio para quem também se prepara para essas olimpíadas."



ESCOLHAS


Prestes a se formar no ensino médio, Gustavo analisa seu futuro na educação superior. A primeira opção é ingressar em uma universidade norte-americana de ponta, como MIT ou Harvard.


"
Eles têm um bom nome e dão oportunidade para ter aulas e fazer pesquisa. Formar-se no Brasil em física é um pouco penoso, não há muitas opções de trabalho."


A mãe de Gustavo, Katia Haddad Francisco Braga, conta que a decisão ainda não está fechada. "Ele tem muita preocupação em ajudar a pesquisa do Brasil."


A possibilidade de Gustavo sair do país preocupa o professor Euclydes Marega Junior, coordenador da Olimpíada Brasileira de Física. "Ele pode fazer a diferença aqui. Imagina se o país tiver mil outros Gustavos pesquisando e trabalhando?", diz.


"O resultado dele pode servir como incentivo para outros estudantes. Deve haver muitos outros como ele por aí, abandonados."


De acordo com o docente, o bom resultado numa competição como a olimpíada de física vem de "10% de talento e, o restante, de dedicação".

Enquanto não chega a hora de decidir qual universidade cursar, o ouro em física embarcou ontem para Portugal, para um torneio internacional de matemática.

11 comentários:

  1. Realmente, será uma pena se o Gustavo Haddad Braga resolver fazer faculdade e trabalhar fora. Mas, infelizmente, acho que, por enquanto, ainda é a melhor opção que ele tem para o seu futuro profissional. Fiquei muito orgulhosa de saber de sua conquista. E, também, fiquei muito admirada pela capacidade do garoto ! Além de fera em química, ele também é fera em matemática e em astronomia.. Será que ele gosta de assistir ao seriado “The Big Bang Theory” ? ...rs...


    Mas, discordo de duas coisas que o professor Euclydes Marega Junior, coordenador da Olimpíada Brasileira de Física falou : “Ele pode fazer a diferença aqui. Imagina se o país tiver mil outros Gustavos pesquisando e trabalhando?” Professor, o Brasil, com certeza, tem muitos outros Gustavos por aí.. Talvez não pesquisando e nem trabalhando, por falta de oportunidade e de incentivo à estas crianças, muitas delas, da rede pública de ensino e carentes financeiramente.




    Também não concordo com a outra afirmação do professor em questão, de que o bom resultado numa competição como a olimpíada de física vem de "10% de talento e, o restante, de dedicação". Isto vai de encontro com aquele artigo que eu trouxe, aqui no blog, que fala sobre a genialidade. Que esta (genialidade) seria fruto de muito esforço e um mínimo de talento. Discordo. Acho que esta genialidade, o ajudou a vencer estas olimpíadas e ao contrário do que este professor pensa, eu acho que o resultado desta competição é 90% de talento e 10% de dedicação. Não que ele não tenha se dedicado e isto ficou muito claro na reportagem. Mas, com certeza, ele só se dedicou, porque o estudo faz parte da sua superdotação e da necessidade de estudar cada vez mais aquilo que ele gosta, o seu foco de interesse. Alguns têm mais talento, e sentem necessidade de estudar mais do que outros. E acho que este é o caso do Gustavo. Prá mim, ele ganhou porque é um garoto extremamente talentoso e inteligente (obviamente altamente superdotado e dedicado) e não porque ficou se matando de estudar. Se ele não fosse muito talentoso, de nada adiantaria ele se debruçar por cinco horas sobre os livros de física.. O que vocês acham ?

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  2. Sinceramente, não posso dizer com certeza se esse menino é superdotado precisaria de exames e coisas do gênero, porém, acredito que todos tem capacidade de absorver conteúdo, claro que não posso fechar os olhos em relação a educação, desde a infância, aplicada a um determinado individuo. Creio que há pessoas superdotadas, no entanto entendo que com esforço (suor) e dedicação naquilo que se pretende é possível ter bons resultados inclusive como o caso do Gustavo. Por outro lado, também acredito que há no pais muitos alunos como o caso desse menino ... porém, as vezes a condição social afasta-os de oportunidades ... acredito que crianças, meninos e meninas devem ser educado para conhecer melhor o mundo que os cerca, o ensino médio não é nada mais do que isso ... assim, os pais ao invés de ficarem assistindo novela da globo (ou qualquer outro programa) deveria dedicar-se com seus filhos aos estudos e a leitura, assim muitos exemplos como o desse garoto surgiria. Por derradeiro, gostaria de parabenizar o Gustavo, pois diante de uma massa de alienados ele conseguiu entender como deve se portar um verdadeiro cidadão, ou seja, conhecer o mundo para transforma-lo. Um abraço a todos

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  3. Adorei a entrevista deste Jovem no Programa do JO. Se ele precisar ajuda aqui nos EUA, pode ate contar comigo.

    Leo
    elieuusa@hotmail.com

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  4. ele tem que fazer oq é melhor pra ele. Eu acho q a educação fora do brasil é levada mais a serio, tipo EUA ou Alemanha como exemplos... Se ele tem essa capacidade deve seguramente estar entre os melhores em fisica, e no brasil ele concerteza não estara. Eu sou formado em uma faculdade estadual aki em SC e sei como é a nossa educação!! meu nome é paulo, e para contatos paulofranco.f@hotmail.com

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  5. Obrigada, Paulo ! Venha participar dos nossos grupos de discussão e daqui do blog, também ! Bom contar com a sua experiência, nesta área.

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  6. cara parabens.se eu tivesse um terço de sua inteligencia,estaria feito na vida.parabens mesmo.

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  7. Se ele for para os Estados Unidos, ele será bem-vindo, o seu visto não será negado, nem para ele tirar o GREEN CARD... COM CERTEZA, ELE SERÁ CONCEDIDÍSSIMO!!!!!!!

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  8. Realmente, é preciso valorizar e descobrir novos
    talentos. Mas na realidade, jovens carentes talentosos talvez não tenham a mesma sorte.

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  9. Realmente, é preciso valorizar e descobrir novos
    talentos. Mas na realidade, jovens carentes talentosos talvez não tenham a mesma sorte.

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  10. NO FUTEBOL BRASILEIRO, EXISTEM MUITOS TALENTOS QUE SÃO DESCOBERTOS NOS ESTÁDIOS ATRAVÉS DE VÍDEOS E DE ESPIÕES QUE AGEM COMO CAÇA-TALENTOS. UM EXEMPLO RECENTE É DO NEYMAR, QUE JOGAVA NO SANTOS E QUE AGORA ESTÁ JOGANDO NO BARCELONA, O FAMOSO BARÇA. NOS OUTROS ESPORTES, NÃO SÃO DIFERENTES. NA CIÊNCIA, NÃO É DIFERENTE - MUITOS CIENTISTAS TALENTOSOS BRASILEIROS ACABAM MIGRANDO PARA O EXTERIOR, PORQUE AQUI NO BRASIL FALTAM MATERIAIS PARA DESENVOLVIMENTO DE PESQUISAS, POR CAUSA DAS LIMITAÇÕES NO ORÇAMENTO, E TAMBÉM POR PROBLEMAS SALARIAIS, JÁ QUE MUITOS DELES LECIONAM EM UNIVERSIDADES PÚBLICAS, QUE ESTÃO SUJEITAS A GREVES, MUITAS VEZES LONGAS.

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  11. Quero me formar em física. Estou ainda no 9° ano. A história desse rapaz me inspirou, vou começar a estudar mais, meu sonho é estudar em Oxford.

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